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Audiências sobre ataque ao Capitólio continuam em julho após revelações

A comissão que investiga o ataque ao Capitólio norte-americano continuará as audiências publicas em julho, após as cinco sessões realizadas este mês indicarem que Donald Trump intimidou funcionários eleitorais para alterar o resultado do sufrágio.

Audiências sobre ataque ao Capitólio continuam em julho após revelações
Notícias ao Minuto

06:09 - 25/06/22 por Lusa

Mundo EUA

Vários funcionários estaduais testemunharam perante o comité na terça-feira e garantiram que receberam ameaças de morte de apoiantes do antigo chefe de Estado por não quererem alterar os resultados das eleições presidenciais de novembro de 2020, das quais o atual Presidente, Joe Biden, saiu vitorioso.

Uma das testemunhas foi o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, a quem Trump exigiu que encontrasse votos suficientes para anular o resultado das eleições naquele estado, alegando, sem provas, que os democratas cometeram fraude.

Raffensperger disse que a sua equipa investigou "todas as alegações" de fraude eleitoral feitas por Trump e concluiu que nenhuma irregularidade ocorreu.

Já na quinta-feira, a comissão da Câmara dos Representantes realizou a sua quinta audiência pública, expondo mais uma vez o que sabe sobre os esforços de Trump para anular os resultados eleitorais.

Nesse sentido, a audiência concentrou-se na tentativa do republicano de fazer o Departamento de Justiça "legitimar as suas mentiras" sobre fraude eleitoral, disse o presidente do painel, Bennie Thompson.

A comissão apresentou uma nota manuscrita do ex-vice-procurador-geral norte-americano Richard Donoghue, na qual citou Trump dizendo: "Apenas diga que a eleição foi corrupta e deixe o resto para mim e para os congressistas republicanos".

"Houve casos isolados de fraude, mas nenhum deles chegou perto de colocar em causa o resultado da eleição em qualquer estado", disse Donoghue aos legisladores que integram a comissão.

Também o antigo procurador-geral interino dos Estados Unidos, Jeffrey Rosen, testemunhou na quinta-feira, afirmando que o magnata se queixou "que o Departamento de Justiça não havia feito o suficiente" para investigar alegações de fraude eleitoral.

A comissão indicou ainda que está a examinar todos os esforços feitos pela equipa do ex-presidente republicano para instalar o ex-funcionário do Departamento de Justiça Jeffrey Clark como procurador-geral interino, visando ajudar a derrubar a eleição.

De acordo com várias testemunhas, Clark não estava qualificado para o cargo e só teve o seu nome sugerido porque teria apoiado as alegações de fraude feitas por Donald Trump.

A Comissão da Câmara dos Representes estenderá o cronograma das audiências públicas até julho.

Segundo Bennie Thompson, presidente da comissão, as novas provas que o comité possui incluem horas de imagens de vídeo entregues por um documentarista britânico que seguiu Trump, a sua família e assessores, além de realizar entrevistas com eles, semanas antes e depois do sufrágio de 2020.

As audiências finais visam mostrar como Trump dirigiu ilegalmente uma multidão violenta em direção ao Capitólio no dia 06 de janeiro de 2021 e, em seguida, falhou em tomar medidas rápidas para reprimir o ataque assim que começou.

Em 06 de janeiro, milhares de apoiantes de Trump reuniram-se em Washington para tentar impedir a certificação eleitoral da vitória nas presidenciais de Joe Biden, tendo cinco pessoas morrido.

Pouco antes, o magnata havia feito um discurso inflamado perto da Casa Branca, onde encorajou os seus apoiantes a marchar em direção ao Capitólio, lançando acusações infundadas de que os democratas tinham cometido fraude eleitoral naquela votação.

As imagens de uma multidão a invadir a sede do Congresso dos Estados Unidos chocaram o mundo.

Leia Também: Seis congressistas republicanos pediram indultos após ataque ao Capitólio

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