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Kremlin considera que norte-americanos capturados são "mercenários"

O porta-voz do regime russo argumentou que os soldados não são abrangidos pela Convenção de Genebra por não serem militares comuns.

Kremlin considera que norte-americanos capturados são "mercenários"
Notícias ao Minuto

19:37 - 20/06/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, criticou duramente a presença de dois norte-americanos detidos na guerra na Ucrânia, do lado ucraniano, argumentando que estes soldados são "mercenários" e que não estão incluídos nas convenções internacionais.

Segundo a agência estatal russa RIA, citada pela Sky News, Dmitry Peskov disse que os norte-americanos capturados pelos invasores russos não são abrangidos pelas Convenções de Genebra - o conjunto de leis internacionais que legislam sobre os crimes de guerra e crimes contra a humanidade -  por não serem soldados comuns, mas antes voluntários internacionais.

Para o Kremlin, estes norte-americanos são "mercenários" que viajaram e lutaram ilegalmente e, portanto, devem ser responsabilizados pelos seus "crimes".

Segundo Peskov, os norte-americanos foram detidos por terem matado um militar russo e colocado a vida de mais soldados russos em perigo.

O jornal britânico The Guardian conta que o Departamento de Estado dos EUA - o equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-americano - está a investigar a captura de Alexander Drueke e Andy Tai Ngoc Huynh, dois homens que se voluntariaram para lutar do lado da Ucrânia, à semelhança de vários milhares de pessoas que se inscreveram no início da guerra.

No início da semana, os média russos partilharam fotografias dos dois homens capturados, com as mãos atadas atrás das costas e presos nas traseiras de um camião militar.

Na sexta-feira, a família de outro militar, um oficial da marinha chamado Grady Kurpasi, contou à CNN Internacional que este tinha desaparecido na região de Kherson, no final de abril, e que, desde então, não souberam mais notícias sobre o soldado.

Nos últimos dias, os russos também descartaram o perdão aos soldados britânicos Shaun Pinner e Aiden Aslin e ao marroquino Brahim Saadoun, condenados à morte pelo Supremo Tribunal da autoproclamada república separatista pró-russa de Donetsk.

Segundo as autoridades norte-americanas, citadas pelo The Guardian, até agora morreu um soldado norte-americano na Ucrânia.

A guerra na Ucrânia já fez mais de 4.500 mortos entre a população civil, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

No entanto, a organização alerta que o real número de mortos deverá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar as baixas em cidades sitiadas ou tomadas pelos russos, como Mariupol, onde se acredita que tenham morrido dezenas de milhares de pessoas.

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