Ucrânia. "Ceder partes do nosso território é como ceder uma liberdade"
Para a primeira-dama ucraniana, ceder parte do território à Rússia não irá terminar com a invasão russa, iniciada a 24 de fevereiro.
© Getty Images
Mundo Olena Zelenska
A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, afirmou que “ceder” parte do território ucraniano à Rússia não irá acabar com a guerra, uma vez que o país invasor “continuaria a pressionar” e a lançar “cada vez mais ataques”.
“Os ucranianos não podem aceitar normalmente todas aquelas declarações que por vezes ouvimos dos líderes de país - em alguns casos, os líderes de países grandes e influentes”, começou por referir, em entrevista ao canal norte-americano ABC News, a mulher do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
“Não se pode simplesmente ceder partes do nosso território. É como ceder uma liberdade”, acrescentou.
Na ótica de Olena Zelenska, ceder parte do território à Rússia não irá terminar com a invasão russa, iniciada a 24 de fevereiro. "Mesmo que concedêssemos os nossos territórios, o agressor não pararia por aí, continuaria a pressionar, continuaria a lançar cada vez mais ataques contra o nosso território”, considerou.
Sublinhe-se que a ofensiva militar da Rússia na Ucrânia concentra-se agora no leste do país. Depois do fracasso em tomar a capital Kyiv, as tropas russas reuniram-se no Donbass, onde já tomaram vários territórios.
Nos últimos dias, Severodonetsk tornou-se um dos pontos onde o conflito se intensificou, região que, se for tomada pelos russos, poderá dar a Moscovo o controlo de toda a região separatista do Lugansk.
Assinala-se, esta quinta-feira, o 99.º dia da ofensiva militar russa na Ucrânia. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), que alerta que o número real pode ser muito maior, mais de quatro mil civis morreram no conflito.
Leia Também: AO MINUTO: Armas dos EUA são "autodefesa"; 200 mil crianças deportadas
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com