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Líder nacionalista russo Vladimir Jirinovski morre aos 75 anos

O líder nacionalista russo Vladimir Jirinovski, um veterano deputado conhecido pela sua retórica, morreu aos 75 anos, anunciou hoje Vyacheslav Volodin, presidente da Duma, a câmara baixa do parlamento.

Líder nacionalista russo Vladimir Jirinovski morre aos 75 anos
Notícias ao Minuto

16:46 - 06/04/22 por Lusa

Mundo Óbito

"A sua personalidade é de tal forma enorme que é difícil imaginar o desenvolvimento do sistema político da Rússia moderna sem ele", escreveu na rede social de mensagens Telegram, numa referência a Jirinovski, que sempre optou por nunca se opor às principais decisões do Presidente russo, Vladimir Putin.

"Compreendia profundamente como funcionava o mundo e previu muitas situações", prosseguiu.

Líder do Partido liberal-democrata da Rússia (LDPR, direita nacionalista) durante três décadas, as suas ideias antiocidentais e sobre a grandeza da Rússia, que pareciam extremas na década de 1990, começaram por se impor progressivamente como dominantes na vida pública, incluindo no Kremlin.

"Vladimir Jirinovski era um político experimentado, enérgico, aberto à discussão e um brilhante orador e polemista", indicou Vladimir Putin, segundo um comunicado.

"Sempre, e independentemente do auditório, nas conversas mais tensas defendia uma posição patriótica e os interesses da Rússia", acrescentou.

Os seus colegas deputados prestaram-lhe homenagem através de um minuto de silêncio na Duma.

Desde há várias semanas que diversos 'media' russos referiam que o fundador do LDPR se encontrava em estado grave, após ter contraído covid-19. Volodin referiu-se a uma "longa doença".

O Ministério da Saúde indicou às agências russas que "grandes especialistas, médicos, lutaram até ao fim pela sua vida".

A sua morte "é um golpe para a Rússia, para as Forças Armadas e para os seus apoiantes", reagiu o LDPR em comunicado.

Apontado como ideologicamente próximo da extrema-direita, Vladimir Jirinovski participou em quase todas as eleições presidenciais da Rússia moderna e o seu partido esteve sempre representado nas instituições locais e nacionais, desempenhando uma função de opositor ruidoso, mas não rebelde.

As suas diatribes, as afirmações de cariz guerreiro ou as diversas e improváveis comparências em locais públicos vão permanecer na memória dos russos, em particular quando lançou um copo de água a um adversário durante um debate televisivo ou entrou em confronto físico no parlamento com um deputado.

A sua última declaração pública remonta a 27 de dezembro passado, quando previu que 2022 "não será um ano pacífico, será o ano em que a Rússia se tornará numa potência", apelando a que se "aguardasse por 22 de fevereiro".

Por coincidência, ou não, foi na véspera desta data que Vladimir Putin reconheceu as repúblicas separatistas russófonas do Donbass, antes de ordenar a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Leia Também: Ossétia do Sul dá "primeiro passo" no processo de unificação com a Rússia

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