Ucrânia. Mapa viral com Rússia cercada por bases da NATO não é real
Um mapa que viralizou nas redes sociais, com a Rússia cercada por bases militares da NATO, não tem fundamento real, garante esta organização, uma vez que nele estão incluídos países que não fazem parte da Aliança Atlântica.
© Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
Internautas de vários países partilharam a imagem em publicações em espanhol, inglês, alemão, italiano ou húngaro, entre outros idiomas.
Embora existam registo do uso do mapa anterior à atual crise na Ucrânia devido à mobilização de tropas russas na fronteira entre os dois países, a sua disseminação aumentou em decorrência do conflito, que coloca Moscovo contra o Ocidente, particularmente os Estados Unidos e a NATO.
A imagem em causa consiste num mapa-múndi, no qual a Rússia é destacada a amarelo, com um grande número de insígnias com a rosa-dos-ventos da NATO a rodear o país, em localizações europeias, asiáticas e americanas e que os internautas identificam como bases militares da Aliança Atlântica.
A NATO é uma organização internacional de natureza política e militar composta por 30 Estados-membros, entre os quais não estão o Japão, a Arábia Saudita e o Cazaquistão, entre outros países que não fazem parte da Aliança Atlântica indicados no mapa.
Fontes da NATO contactadas pela agência de notícias EFE também negam a veracidade da imagem.
O departamento de comunicação da instituição negou que o mapa partilhado na Internet represente o desdobramento das suas forças ou as suas instalações no mundo.
Para obter as informações, fontes da NATO indicam um mapa interativo no 'site' da organização na Internet.
O mapa oficial mostra um panorama muito diferente daquele que foi partilhado nas redes sociais.
Por outro lado, a Aliança Atlântica não tem "base permanentes, nem forças próprias", como explicou à EFE o investigador principal do Instituto Real Elcano e doutor em Relações Internacionais pela Universidade Complutense de Madrid, Félix Arteaga.
"Uma base é onde há forças desdobradas. Quando há uma operação militar, os países disponibilizam uma série de instalações para quem participa, mas não são bases permanentes", anotou.
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