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Oposição contesta reeleição do Presidente da Gâmbia e recorre

O partido da oposição na Gâmbia apresentou um pedido no Supremo Tribunal para a anulação da reeleição de Adama Barrow nas presidenciais no início de dezembro, alegando múltiplas irregularidades, incluindo a compra de votos, foi divulgado hoje.

Oposição contesta reeleição do Presidente da Gâmbia e recorre
Notícias ao Minuto

23:59 - 14/12/21 por Lusa

Mundo Supremo

Nas eleições presidenciais de 04 de dezembro, Barrow foi reeleito com cerca de 53% dos votos, contra 27% do principal opositor, Ousainou Darboe, entre cinco candidatos.

Ainda antes do anúncio dos resultados, Darboe já tinha manifestado, juntamente com mais dois candidatos, a intenção de protestar o ato eleitoral, sem especificar os motivos.

Quando venceu as eleições no primeiro mandato, Adama Barrow, 56 anos, antigo promotor imobiliário, derrotou Yahya Jammeh, um ditador que durante mais de vinte anos conduziu um governo caracterizado por inúmeras atrocidades cometidas pelo Estado, nomeadamente assassinatos, desaparecimentos forçados, violações e tortura.

O Partido Democrático Unido (UDP, em inglês), liderado por Ousainou Darboe, apresentou na terça-feira no Supremo Tribunal um pedido de anulação das eleições presidenciais, acusando o atual chefe de Estado e os membros do seu partido de distribuírem dinheiro ou presentes em diferentes localidades.

O Partido Popular Nacional (NPP), liderado por Adama Barrow, é ainda acusado de ter infiltrado a comissão eleitoral.

A oposição denunciou também a participação de não gambianos nas eleições, bem como várias irregularidades nas mesas de voto e na contagem.

Em comunicado, citado pela agência AFP, o UDP pediu calma aos seus apoiantes e garantir que irá recorrer "exclusivamente aos meios pacíficos" para anular as eleições.

A comunidade internacional tem sinalizado que prestará atenção à aceitação ou contestação pelos derrotados dos resultados oficiais da comissão eleitoral, posição vista como um indicador dos avanços de uma jovem democracia em transição.

Após ser anunciada a sua reeleição, Adama Barrow, prometeu introduzir limites para os mandatos presidenciais no âmbito da reforma constitucional que pretende ver aprovada até ao final do seu mandato de cinco anos.

Em resposta aos pedidos de parceiros internacionais, Adama Barrow, cuja eleição em 2016 pôs fim a mais de 20 anos de ditadura, garantiu que trabalhará para que o Presidente passe a ser eleito por maioria absoluta e, caso seja necessário, após a realização de uma segunda volta.

Atualmente, é eleito o candidato mais votado, numa única volta, independentemente da votação que alcançar.

Adama Barrow, que fez o anúncio na sua primeira conferência de imprensa após a eleição de sábado, absteve-se de se comprometer a seguir as recomendações da comissão encarregada de investigar crimes cometidos pelo Estado e seus agentes durante a ditadura de Yahya Jammeh.

A comissão apresentou em novembro um relatório em que pede que os responsáveis ??sejam levados à justiça.

A atual Constituição, de 1997, não estabelece limites ao número de mandatos. Os parceiros da Gâmbia consideram ser necessária uma reforma essencial para conter os poderes do Presidente e consolidar a frágil democracia gambiana.

Leia Também: União Europeia saúda eleições presidenciais pacíficas na Gâmbia

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