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Irão critica Bahrein por "receção vergonhosa" a ministro de Israel

O Irão acusou hoje o Bahrein de ter organizado uma "receção vergonhosa" ao ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, que se deslocou a Manama para inaugurar a embaixada de Israel, um inimigo declarado de Teerão.

Irão critica Bahrein por "receção vergonhosa" a ministro de Israel
Notícias ao Minuto

13:38 - 01/10/21 por Lusa

Mundo Diplomacia

"A receção vergonhosa pelos líderes do Bahrein a uma autoridade do regime de ocupação em Jerusalém foi contra a vontade da nação do Bahrein", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Saeed Khatibzadeh, numa declaração no 'website' do ministério.

A declaração surge após o chefe da diplomacia israelita, Yair Lapid, ter inaugurado a primeira embaixada do país em Manama, na quinta-feira, um ano após a assinatura do acordo que estabeleceu as relações oficiais entre Israel e o pequeno reino do Golfo Pérsico.

Durante a visita, a primeira de um chefe diplomático israelita ao Bahrein, Lapid encontrou-se com o rei Hamad bin Issa Al-Khalifa e publicou no Twitter uma foto da "reunião histórica".

Khatibzadeh denunciou "qualquer iniciativa para estabilizar a presença destrutiva de Israel na região", de acordo com a declaração, citada pela agência de notícias France-Presse.

O Bahrein e Israel partilham a mesma hostilidade para com Teerão, que Manama acusa de instrumentalizar os xiitas do reino contra a comunidade sunita dominante.

A monarquia do Golfo quebrou as relações diplomáticas com o Irão de maioria xiita em 2016.

A República Islâmica não reconhece Israel e não perde uma oportunidade para reafirmar o seu compromisso com a defesa da causa palestiniana.

A visita foi criticada em Manama pelo partido da oposição xiita Al-Wefaq, que a considerou como uma "provocação ao povo do Bahrein que se preocupa com a causa palestiniana".

Em 15 de setembro de 2020, o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos assinaram acordos para estabelecer relações oficiais com Israel.

Estas duas monarquias do Golfo tornaram-se, assim, os primeiros países árabes a reconhecer Israel, depois do Egito, em 1979, e da Jordânia, em 1994.

Os palestinianos veem os acordos como uma traição ao "consenso árabe" que punha a resolução do conflito israelo-palestiniano como condição para o estabelecimento de relações diplomáticas com Israel.

Os chamados Acordos de Abraão foram promovidos pela anterior administração norte-americana, de Donald Trump, em troca de várias concessões económicas ou políticas aos países árabes em questão.

Esta campanha diplomática também levou a acordos semelhantes com Marrocos e o Sudão.

Perto dos Emirados e do Bahrein, a Arábia Saudita, a maior potência económica do mundo árabe, recusa-se a normalizar os seus laços com Israel, insistindo na necessidade de, primeiro, se resolver a questão da Palestina.

Leia Também: Ministro israelita inaugura primeira embaixada de Israel no Bahrein

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