Novo governo libanês vai dar prioridade a combustíveis e setor da Saúde
O novo primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, anunciou hoje durante a primeira reunião do Conselho de ministros que vai ser dada prioridade à resolução da crise dos combustíveis e do setor da Saúde, num contexto de grave crise económica.
© REUTERS/Mohamed Azakir
Mundo Líbano
"Vamos concentra-nos na resolução dos problemas do combustível e da saúde para inverter a humilhante situação em que se encontram as pessoas (...). Aguarda-nos muito trabalho, muito cansaço, todos temos de fazer sacrifícios, o país exige medidas excecionais", afirmou Mikati durante a reunião.
O novo dirigente, que conseguiu formar um Governo na passada sexta-feira, após quase 13 meses sem um executivo eficaz devido à ausência de consenso político, comprometeu-se a trabalhar para "todos" os libaneses, indicou o palácio presidencial na sua conta Twitter, no final do encontro.
O Presidente da República, Michel Aoun, que dirigiu esta primeira reunião, reconheceu que no último ano as condições de vida da população de deterioraram "a níveis sem precedentes" com o agravamento da situação económica, financeira e social.
Nesta perspetiva, alertou os ministros de que não é possível "perder tempo" nem permitir "lentidão ou adiamentos", devendo, ao invés, serem procuradas "soluções urgentes" para minorar as dificuldades da população e colocar o país do Médio Oriente "no caminho da salvação, recuperação e renascimento", indicou a presidência.
Aoun defendeu a aplicação do "plano de recuperação aprovado pelo anterior Governo", que, nos seus primeiros meses em funções, se confrontou com o bloqueio de diversas forças políticas para a aplicação de um roteiro anticrise, e que, desde agosto de 2020, permaneceu em funções sem os instrumentos para enfrentar a situação.
O Presidente libanês considerou ainda decisiva a realização, sem adiamentos, das eleições legislativas para maio de 2021, a reestruturação do colapsado setor bancário, a recuperação do sistema elétrico e a conclusão da investigação sobre a explosão que há um ano provocou mais de 200 mortos em Beirute.
Na sequência da demissão do executivo de Hasan Diab após a deflagração, Aoun designou três primeiros-ministros, mas apenas Mitaki, o último, garantiu a formação de um Governo com o acordo do Presidente e das diversificadas forças política do país mediterrânico.
Diversos responsáveis internacionais exigiram a aplicação de reformas estruturais e financeiras para conceder ajuda ao Líbano, envolto numa das mais graves crises económicas dos últimos 150 anos, com mais de 80% da população na pobreza e forte escassez de produtos básicos, incluindo medicamentos e combustível.
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