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Snowden critica classificação de segredos de Estado

O antigo subcontratado da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em Inglês) dos EUA Edward Snowden, que está refugiado na Federação Russa, criticou na quarta-feira a forma de classificação dos segredos de Estado.

Snowden critica classificação de segredos de Estado
Notícias ao Minuto

06:51 - 20/02/14 por Lusa

Mundo NSA

Snowden produziu esta crítica numa mensagem divulgada na cerimónia de entrega de um prémio a uma analista do exército norte-americano, também reveladora de informação classificada, Chelsea Manning, realizada na Universidade de Oxford.

O ex-consultor da NSA apresentou o Prémio Sam Adams pela Integridade, atribuído a Manning, através da rede social YouTube.

Snowden gravou uma mensagem com quatro minutos, na qual alertou para os riscos da "classificação excessiva".

O ex-analista disse que o termo refere-se ao uso pelo governo dos privilégios do segredo de Estado "para impedir o público de ter acesso a informação que não é relacionada com a segurança nacional", acrescentando que se tornou "um problema sério".

Acrescentou também que "a Casa Branca diz que 95 milhões de registos foram criados e classificados em 2012, mais do que em qualquer outro ano", acentuando que "muitos outros governos ocidentais estão na mesma trajetória".

Manning, que foi acusado e julgado enquanto homem, mas que pediu posteriormente para ser reconhecido como mulher, está a cumprir uma pena de 35 anos de prisão, por ter divulgado centenas de milhares de documentos diplomáticos à WikiLeaks.

Snowden argumentou que os seus documentos revelados foram "indubitavelmente necessários para fins públicos" e que a sua classificação como segredo ameaçava a democracia.

"O declínio da democracia começa quando o domínio do governo se expande para lá das fronteiras do conhecimento público", insistiu.

Snowden, que na terça-feira foi eleito reitor da Universidade de Glasgow, na Escócia, elogiou a divulgação de informação por Manning, como "um ato extraordinário de serviço público", que acarretou "um custo pessoal inacreditável".

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