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Debate sobre futuro da Europa deve centrar-se na "população genuína"

O vice-presidente da Comissão Europeia para a Promoção do Modo de Vida Europeu, Margaritis Schinas, sublinhou hoje que a conferência sobre o futuro da Europa deve centrar-se na "população genuína" e não na "bolha de Bruxelas".

Debate sobre futuro da Europa deve centrar-se na "população genuína"
Notícias ao Minuto

16:45 - 31/05/21 por Lusa

Mundo UE/Presidência

A Conferência sobre o Futuro da Europa "deveria constituir uma oportunidade para lançar um verdadeiro debate com a população genuína, não com as pessoas dentro da bolha de Bruxelas", defendeu Margaritis Schinas, na reunião plenária da 65.ª Conferência dos Órgãos Especializados em Assuntos Comunitários (COSAC, na sigla em inglês), organizada no âmbito da dimensão parlamentar da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE).

Segundo o vice-presidente do executivo comunitário, seria um "fracasso" se o debate sobre o futuro da Europa, iniciado em 09 de maio, em Estrasburgo (França), fosse "mais uma ocasião em que Bruxelas fala para Bruxelas".

"Porque haverá sempre muitas oportunidades para que as pessoas que participam na política europeia possam fazer as coisas melhor", justificou.

Realçando a conferência como "uma oportunidade única para levar as coisas para fora de Bruxelas", Margaritis Schinas apelou a que todos os setores da sociedade se juntem ao debate, desde os "parceiros sociais", as "autoridades regionais" e os "parlamentos nacionais" aos "agricultores" e à "geração Erasmus".

O responsável abordou ainda a temática das migrações, sobre a qual a Comissão Europeia elaborou um pacote de propostas em setembro de 2020 e que estão agora em negociação legislativa ao nível do Conselho e do Parlamento Europeu.

"Desde setembro fizemos o que nos incumbia. Há uma certa convergência [entre os Estados-membros da UE], mas ainda não conseguimos chegar ao consenso", constatou.

Nesse sentido, Margaritis Schinas disse esperar que o final da pandemia de covid-19 e o retomar das reuniões presenciais entre ministros sejam a "oportunidade" para se chegar a um consenso entre os 27 sobre o novo Pacto para a Migração e o Asilo.

O facto de o primeiro-ministro português, António Costa, ser um antigo ministro da Administração Interna torna-o "perfeitamente consciente da delicadeza dos fenómenos migratórios", apontou, apelando para que o final da presidência portuguesa do Conselho da UE "constitua uma abordagem embrionária de um pacote que será finalizado ulteriormente".

Para o Pacto de Migração e Asilo, Portugal propõe um princípio de "solidariedade obrigatória flexível" que permita encontrar uma série de formas diferentes de apoiar os chamados Estados-membros da linha da frente, como a Grécia, Itália ou Espanha, que enfrentam maior pressão migratória.

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