Inglaterra vai dar novo passo de "volta à normalidade" a 17 de maio
A Inglaterra vai "dar um passo muito considerável no caminho de volta à normalidade" na próxima segunda-feira, quando o setor da restauração e turismo voltarem a funcionar em pleno, confirmou hoje o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
© Tolga Akmen - WPA Pool/Getty Images
Mundo Covid-19
As pessoas poderão encontrar-se em grupos de até 30 pessoas ao ar livre, enquanto a regra de grupos de seis pessoas ou duas famílias será aplicada à sociabilização em espaços fechados, como bares, cafés ou restaurantes.
Os cinemas, teatros, salas de concerto e estádios de futebol também poderão reabrir, embora com algumas limitações em termos de capacidade, e tal como hotéis, permitindo às pessoas viajarem e pernoitarem dentro do país.
As máscaras vão deixar de ser exigidas em escolas secundárias, embora continuem a ser obrigatórias em espaços comerciais e transportes públicos.
"Hoje estamos a dar um passo em direção ao momento em que aprendemos a viver de forma responsável com a covid-19, quando deixaremos, eventualmente, de confiar em decretos governamentais detalhados e tomaremos as nossas próprias decisões", afirmou Johnson.
Porém, o chefe do executivo manteve alguma cautela relativamente ao contacto físico próximo, nomeadamente abraços, até agora desaconselhados.
"Todos nós sabemos que o contacto próximo, como um abraço, é uma forma direta de transmissão da doença. Portanto, peço que pensem sobre a vulnerabilidade de vossos entes queridos, se eles receberam uma vacina, uma ou duas doses, e se houve tempo para que a vacina fizesse efeito", vincou.
A partir de 17 de maio serão também autorizadas viagens para o estrangeiro, mas apenas 12 países e territórios, entre os quais Portugal, estão isentos de quarentena na chegada a Inglaterra.
Devido à regionalização dos poderes, as regras são diferentes na Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, e determinadas pelos Governos autónomos.
O primeiro-ministro britânico disse que foi feito "um bom progresso" foi feito no mês passado, com as taxas de infeção no nível mais baixo desde setembro, e as mortes e hospitalizações no seu nível mais baixo desde julho.
Indicou também confiança de que será possível avançar para a próxima e última etapa, a 21 de junho, quando o Governo espera remover as restrições de contacto social, permitindo a reabertura de discotecas e grandes eventos públicos, como festivais.
"Para dar mais tempo para as empresas se prepararem, vamos anunciar mais no final deste mês sobre exatamente como o mundo será e qual papel poderá haver, se houver, para a certificação [de vacinas] e distanciamento social", prometeu.
O Reino Unido registou a morte de quatro pessoas e 2.357 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com os últimos dados do Governo britânico, que hoje baixou o grau de alerta sobre a pandemia.
Desde dezembro foram imunizadas mais de 35 mil pessoas com uma primeira dose de uma vacina contra a covid-19, das quais quase 18 mil também já receberam a segunda dose.
Desde o início da pandemia, o Reino Unido notificou 127.609 óbitos de covid-19, o número mais alto da Europa.
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