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Cerco e invasão do Congresso representa "momento surreal da história"

Os Estados Unidos estão a assistir a um momento "surreal da história", disse à Lusa o estudante Frank Jay, habitante de Washington DC, depois de o Capitólio ser invadido por populares, suspendendo a ratificação de votos.

Cerco e invasão do Congresso representa "momento surreal da história"
Notícias ao Minuto

21:18 - 06/01/21 por Lusa

Mundo Washington

São milhares de pessoas que saíram hoje nas ruas de Washington, com bandeiras nacionais, bandeiras da campanha de Donald Trump e cartazes de apoio e invadiram o Capitólio, onde o Congresso estava em sessão de trabalhos para ratificar votos de cada Estado para o Presidente dos Estados Unidos.

Frank Jay, de 20 anos descreveu à Lusa que a cidade está sob uma "tensão terrível" e num "estado de anarquia".

"O Capitólio está praticamente cercado, estamos a assistir a ações de loucura e desespero pelos apoiantes de Trump. Não minto, estou assustado", denunciou o estudante universitário.

A sessão de trabalhos do Congresso envolvia a ratificação de votos depois das eleições presidenciais de 03 de novembro, num dos passos finais até à inauguração do novo Presidente, Joe Biden, a 20 de janeiro.

Imagens nas redes sociais e nas televisões mostram civis, com bandeiras com o nome de Trump a passarem nos corredores e entrarem nas câmaras do Congresso, passando entre as secretárias de trabalho.

O representante de Illinois Adam Kinzinger, do partido Republicano disse hoje, por entrevista telefónica ao canal NBC que quando o Capitólio foi invadido, procedeu-se ao protocolo de segurança, considerado "bom", mas insuficiente em recursos perante o grande número de pessoas.

"Estamos a salvo, não quero dar a minha localização, mas isto é uma loucura. Todos que se chamam republicanos, como eu, deviam estar muito envergonhados", disse o representante do 16.º distrito do Estado de Illinois.

"Temos saídas de emergência que pensamos que são para cenários de apocalipse e que nunca usaríamos -- estamos a usá-las agora", descreveu o político de 42 anos, membro do mesmo partido que Donald Trump mas opositor às atitudes do Presidente cessante nas últimas semanas, depois da derrota nas eleições presidenciais.

Adam Kizinger apelou que o Presidente Donald Trump "deixe de ser covarde" e argumentou que Donald Trump é "absolutamente responsável" pelo que está a acontecer hoje: "ele ignorou completamente a sua responsabilidade de manter a população segura".

A 'mayor' da cidade de Washington, Muriel Bowser, ordenou um recolher obrigatório a partir das 18:00 locais (23:00 em Lisboa) até às 06:00 de quinta-feira.

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