Novo presidente do Peru, Franciso Sagasti, prestou juramento
Franciso Sagasti prestou hoje juramento e tornou-se oficialmente o novo Presidente interino do Peru, com o objetivo de solucionar a crise institucional que abala o país andino há mais de uma semana.
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Mundo Peru
Sagasti, 76 anos, vai assegurar a presidência interina até 28 de julho de 2021, a data do fim do mandato do ex-Presidente Martin Vizcarra, cuja destituição em 09 de novembro desencadeou uma grave crise política e social.
"Não é um momento de celebração. Temos demasiados problemas, tragédias, dificuldades", tinha alertado na segunda-feira este deputado centrista e quando o Peru também está a ser duramente atingido pela pandemia do coronavírus.
A sua eleição para a chefia do parlamento, numa votação onde foi candidato único, tornou-o automaticamente o novo dirigente do Peru devido ao vazio existente na chefia do Estado. É o terceiro político a ocupar este cargo em pouco mais de uma semana.
Este novo período de turbulências, num país habituado a forte instabilidade política, foi desencadeada em 09 de novembro pelo próprio parlamento, quando os deputados votaram a destituição do popular Presidente Martin Vizcarra (centro-direita) por suspeitas de corrupção quando era governador em 2014, apesar de não ter sido iniciado qualquer inquérito judicial.
O chefe do parlamento, o opositor Manuel Merino, também de centro-direita, assumiu de seguida as rédeas do país, suscitando a cólera de milhares de manifestantes, na maioria jovens, que desceram à rua em protesto contra um "golpe de Estado" parlamentar.
Em 32 meses de mandato, Martin Vizcarra elegeu o combate à corrupção como principal prioridade, ao contrário da tradição política do país. E negou todas as acusações que implicaram a sua destituição.
Após cinco dias de manifestações violentamente reprimidas, com um balanço de dois jovens mortos e centenas de feridos, Merino, abandonado pela classe política, optou por resignar.
A personalidade moderada e consensual de Francisco Sagasti, que não votou pela destituição de Vizcarra, deverá permitir desbloquear a crise institucional, na perspetiva das próximas eleições presidenciais e legislativas de 11 de abril de 2021.
Na segunda-feira, durante o seu primeiro discurso perante o parlamento, Sagasti indicou que durante os oito meses do seu mandato, até 28 de julho de 2021, terá como prioridade a gestão das consequências da pandemia do coronavírus.
O país latino-americano de 33 milhões de habitantes é um dos mais penalizados do mundo em comparação com a sua população, com mais de 930.000 casos declarados e 35.000 mortos, enquanto a economia caiu 30% no segundo trimestre.
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