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Deputado centrista Francisco Sagasti eleito Presidente interino do Peru

O deputado centrista Francisco Sagasti tornou-se hoje no novo Presidente interino do Peru, o terceiro chefe de Estado do país em uma semana, com o objetivo de pôr termo à grave crise política e social que atravessa o país andino.

Deputado centrista Francisco Sagasti eleito Presidente interino do Peru
Notícias ao Minuto

20:49 - 16/11/20 por Lusa

Mundo Peru

Este engenheiro de 76 anos, que trabalhou para o Banco mundial, foi eleito presidente do parlamento pelos deputados, e tornou-se automaticamente chefe de Estado.

A Constituição peruana estabelece que o líder do parlamento assume a presidência quando não existir um chefe de Estado eleito por sufrágio.

O presidente interino do Peru, Manuel Merino, apresentou no domingo a demissão de forma "irrevogável" e pediu "paz e união", decisão que abre caminho a uma solução para a grave crise que o país atravessa.

Manuel Merino, que estava no cargo desde 10 de novembro, anunciou a sua demissão através de uma mensagem à nação divulgada em vídeo, poucos minutos depois de o parlamento o ter desafiado a renunciar ao cargo.

O parlamento tinha convocado uma sessão extraordinária com o objetivo de encontrar uma solução constitucional para a crise e designar um sucessor.

O Presidente interino sublinhou que agiu dentro da lei ao tomar posse como chefe de Estado na passada terça-feira, apesar das acusações de que teria executado um golpe parlamentar.

O anúncio da demissão de Manuel Merino foi recebido com entusiasmo nas ruas, onde milhares de peruanos prosseguiam os protestos para exigir a sua renúncia.

No sábado, a violenta repressão das manifestações nas ruas causou dois mortos e mais de uma centena de feridos.

Vários grupos de direitos humanos relataram que 112 pessoas ficaram feridas e o paradeiro de outros 41 permanecia desconhecido, assinalou na ocasião a agência noticiosa Associated Press (AP).

O parlamento do Peru destituiu na passada segunda-feira o Presidente da República, Martín Vizcarra, por "incapacidade moral", no seguimento da segunda moção de censura apresentada noutros tantos meses contra o líder daquele país sul-americano.

A moção para destituir o chefe de Estado, popular pela sua intransigência contra a corrupção, teve como motivo alegados subornos recebidos por Vizcarra em 2014, como governador.

O presidente do Parlamento, Manuel Merino, assumiu um dia depois o comando do Governo do Peru até ao final do mandato de Vizcarra, em 28 de julho de 2021. Mas o chefe de Estado interino, um engenheiro agrícola de centro-direita, de 59 anos, enfrentou deste então uma enorme contestação no país.

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