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Manifestantes incendeiam edifício do governo rival na Líbia

Manifestantes incendiaram hoje de manhã a sede do governo rival da Líbia, sediado em Benghazi, a segunda cidade do país, causando importantes danos materiais, segundo fonte governamental.

Manifestantes incendeiam edifício do governo rival na Líbia
Notícias ao Minuto

17:28 - 13/09/20 por Lusa

Mundo Líbia

"Nas primeiras horas de domingo, um grupo de manifestantes atacou o edifício do conselho de ministros e incendiou-o antes de fugir", disse à agência France-Presse, sob anonimato, uma fonte do Ministério do Interior do governo rival.

Policias e bombeiros chegaram rapidamente ao local para tentar controlar as chamas que devastaram a entrada principal do prédio, segundo a mesma fonte.

Já em al-Marj, cem quilómetros a leste de Benghazi, agentes policais disparou balas reais para dispersar os manifestantes que forçaram a entrada na sede da polícia.

Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas, segundo testemunhas contactadas pela France-Presse e o hospital central da cidade.

O Ministério do Interior do governo rival exortou os manifestantes nas cidades do leste a "não atacarem os bens do Estado" e a "respeitar o direito ao protesto pacífico", segundo um comunicado a que a France-Presse teve acesso.

A Líbia, que possui as reservas de petróleo mais abundantes da África, mergulhou no caos após a queda e morte do ditador Muammar Kadhafi em 2011.

O poder no país está atualmente dividido entre o Governo de Acordo Nacional (GNA), de Fayez al-Sarraj, sediado em Tripoli e apoiado pela ONU, e o governo rival do Leste, que apoia o marechal Khalifa Haftar.

Sarraj conta com a ajuda da Turquia e Hafter com o apoio da Rússia e do Egito.

Desde janeiro, grupos pró-Haftar bloquearam os mais importantes portos e campos de petróleo do país para exigir uma distribuição equitativa, segundo eles, das receitas do petróleo administradas pela GNA.

Este bloqueio, que custou mais de 9,6 mil milhões de dólares (cerca de 8,1 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual) em receitas perdidas, de acordo com os últimos dados da empresa estatal de petróleo, agravou a escassez de eletricidade e combustível no país.

Há duas semanas, centenas de pessoas manifestaram-se em Tripoli contra a corrupção e as difíceis condições de vida no país.

As duas partes rivais anunciaram em 22 de agosto, separadamente, cessar-fogo e eleições.

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