China comemora 75º aniversário do fim da II Guerra Mundial no Pacífico
A China comemorou hoje o 75º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial no Pacífico, durante a qual sofreu uma invasão brutal e ocupação de grande parte do seu território pelo Japão.
© Getty Images
Mundo Pequim
O líder do Partido Comunista e chefe de Estado, Xi Jinping, liderou funcionários do Governo no minuto de silêncio e apresentação de coroas de flores, durante um memorial dedicado aos soldados e civis que participaram da luta contra a ocupação japonesa.
O Japão lançou uma invasão total da China, em 1937, marcada por guerras urbanas e atrocidades como o massacre de Nanjing.
Enquanto o exército comandado pelo líder do Partido Nacionalista Chiang Kai-shek lutou nas principais batalhas, os guerrilheiros do Partido Comunista, sob o comando de Mao Zedong, forçaram o Japão a desviar soldados e recursos dos campos de batalha para as áreas rurais controladas pelos comunistas.
Embora o Japão se tenha rendido formalmente a bordo do navio de guerra norte-americano USS Missouri, em 2 de setembro de 1945, a China marca o fim da guerra em 3 de setembro, quando as comemorações se realizaram pela primeira vez em todo o país.
Os comunistas assumiram o poder em 1949, após a guerra civil contra os nacionalistas, e continuam a defender a luta contra o Japão como uma fonte de legitimidade do seu poder absoluto.
Após perder a guerra civil, Chiang realocou o seu Governo da República da China para Taiwan. A ilha continua a ter forte apoio, embora não oficial, dos Estados Unidos, depois de ter feito a transição para a democracia plena há mais de duas décadas.
A comemoração relativamente discreta reflete as regras de distanciamento social em vigor durante devido ao surto do novo coronavírus e contrasta com a forma como a China marcou outros aniversários significativos, incluindo o desfile militar em 1º de outubro passado, que assinalou o 70º aniversário da fundação da República Popular.
Xi disse hoje ao líder russo Vladimir Putin que queria trabalhar em prol da "justiça e equidade internacionais", segundo a agência noticiosa oficial Xinhua.
A troca de mensagens teve como objetivo comemorar a luta conjunta da China e da antiga União Soviética contra as potências do Eixo, e também ressaltar a estreita cooperação nos últimos anos entre a China e a Rússia, por oposição a Washington e ao Ocidente democrático.
As duas nações deveriam usar o 75.º aniversário desde o fim da guerra como uma "oportunidade de liderar os seus países em direção a uma coordenação estratégica mais abrangente", disse Xi.
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