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Governo da Gâmbia desmente morte de manifestantes

O Governo da Gâmbia negou no domingo a morte de três pessoas durante uma manifestação que exigia a saída do Presidente Adama Barrow e anunciou a proibição da organização que desencadeou o protesto, acusando-a de pretender derrubar o poder. ´

Governo da Gâmbia desmente morte de manifestantes
Notícias ao Minuto

00:41 - 27/01/20 por Lusa

Mundo Gâmbia

"Durante a manifestação de hoje não foi morta uma única pessoa", afirmou em comunicado o porta-voz do Governo, Ebrima Sankareh. Um responsável do hospital afirmou que três pessoas tinham sido mortas durante os confrontos com forças policiais.

No comunicado, o Governo também considera o coletivo anti-presidencial "Operação Three Years Jotna" como "um movimento subversivo, violento e proíbe que continue a atuar no território da Gâmbia".

Os confrontos de domingo ocorreram quando os manifestantes, que se reuniram em Old Jeshwang e Stink Corner, a cerca de nove quilómetros de Banjul, tentaram desviar-se do seu itinerário para se aproximarem do centro da capital da Gâmbia.

Em resposta à convocação do "Three Years Jotna" ("Três anos é tempo", numa mistura de inglês e de língua wolof), várias centenas de manifestantes reclamaram a saída de Adama Barrow após três anos no poder, como o chefe de Estado se comprometeu em 2016, quando foi o candidato único da oposição.

O presidente da "Three Years Jotna", Abdu Njie, foi detido durante a manifestação, indicou a AFP.

O diretor da rádio local King FM, Gibril S. Jallow, e um dos seus animadores, Ebrima Jallow, "estão detidos no posto de polícia de Bundung" e "indiciados de incitação à violência", disse à agência noticiosa um funcionário da rádio.

Ainda no domingo, o secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas da Gâmbia, Saikou Jammeh, também denunciou a prisão do jornalista Pa Modou Bojang, diretor de Home Digital FM, e referiu não saber "onde se encontra detido neste momento".

Em dezembro, outros milhares de manifestantes já tinham reivindicado a demissão do chefe de Estado num protesto que decorreu sem incidentes.

Há duas semanas, milhares de gambianos manifestaram-se a favor da sua manutenção no poder por cinco anos, a duração do mandato que está inscrita na Constituição.

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