Guaidó admite não ter feito o suficiente para afastar Maduro do poder
O líder opositor venezuelano, Juan Guaidó, admitiu na quarta-feira não ter feito o suficiente para afastar o Presidente Nicolás Maduro do poder e insistiu que vai continuar a lutar.
© Reuters
Mundo Venezuela
"Sabemos que não tem sido suficiente porque continuam a usurpar o poder", afirmou, numa alusão à promessa que fez a 23 de janeiro, quando se autoproclamou presidente interino e prometeu retirar Nicolás Maduro do poder.
"No entanto, quando revemos os acontecimentos deste ano, há elementos inegáveis. Não só temos o reconhecimento internacional, como nos mantemos unidos", disse, em declarações aos jornalistas.
Por outro lado, anunciou que em 2020 irá convocar novamente todos os setores do país para lutar contra o Governo de Maduro.
No entanto, segundo Juan Guaidó, "há diferenças radicais" dentro da oposição sobre como "enfrentar [o ano de] 2020".
"A frustração não é resignação, por isso enfrentaremos esta situação de uma maneira muito diferente. Estamos dispostos a lutar. Não tenho dúvidas de que 2020 será o ano da República, da liberdade", disse.
A crise política, económica e social agravou-se na Venezuela, desde janeiro último, quando o presidente do parlamento, o opositor Juan Guaidó, jurou publicamente assumir as funções de presidente interino do país, até afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e eleições livres e democráticas no país.
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