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CDU de Merkel rejeita renegociação total do acordo de coligação com SPD

A União Democrata-Cristã (CDU) de Angela Merkel recusa uma renegociação total do acordo de coligação com o Partido Social-Democrata (SPD), que elegeu sábado uma nova liderança, partidária da revisão de alguns pontos do acordo.

CDU de Merkel rejeita renegociação total do acordo de coligação com SPD
Notícias ao Minuto

12:31 - 02/12/19 por Lusa

Mundo Alemanha

"Uma mudança na direção de um partido de governo não significa que se deva voltar a negociar todo o pacto", disse a líder da CDU, Annegret Kramp-Karrenbauer, à televisão pública ZDF.

Karrenbauer apontou que tanto a CDU como o seu aliado bávaro CSU mudaram as respetivas lideranças já depois da entrada em funções do atual governo e frisou que o acordo "é válido para toda a legislatura".

Os militantes do SPD elegeram no sábado para a liderança Norbert Walter-Borjans e Saskia Esken, que derrotaram outra dupla, constituída pelo ministro das Finanças de Merkel, Olaf Scholz, e pela deputada Klara Geywitz.

Borjans e Esken estão entre os membros do SPD mais céticos quanto à coligação com os conservadores, mas não defendem uma rutura, antes uma renegociação de questões como o valor do salário mínimo, a política ambiental e o investimento, embora sem avançarem metas precisas.

O Congresso do partido, que se realiza entre sexta-feira e domingo, deverá permitir uma definição mais clara do que os sociais-democratas vão exigir para se manter na coligação, quando faltam quase dois anos para as próximas eleições legislativas na Alemanha.

Nas eleições regionais dos últimos meses, o SPD tem registado mínimos históricos atrás uns dos outros, o que alguns membros do partido atribuem ao facto de ter sido o parceiro júnior dos governos de Merkel em 10 dos últimos 14 anos.

Embora os conservadores rejeitem uma renegociação total, há sinais de que podem aceitar rever alguns aspetos, para evitar um colapso da coligação, mas também respeitar uma cláusula do acordo que prevê uma reavaliação a meio da legislatura.

O porta-voz da chanceler alemã, Steffen Seibert, disse à imprensa que Merkel está disposta a conversar, "como é normal numa coligação", mas "não a uma renegociação do acordo de coligação".

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