Maior concessionária elétrica admite que pode ter provocado incêndio
A maior concessionária de energia elétrica da Califórnia admitiu hoje que o seu equipamento elétrico pode ter provocado um incêndio devastador na região vinícola naquele Estado norte-americano, apesar dos apagões impostos para prevenir fogos.
© Reuters
Mundo Califórnia
A divulgação ocorreu enquanto os bombeiros combatem em simultâneo as chamas no norte e no sul da Califórnia: o incêndio na região vinícola do Condado de Sonoma, no norte de São Francisco, e o fogo que atingiu casas perto de Los Angeles.
A maior concessionária de energia elétrica do estado, a Pacific Gas & Electric (PG&E), anunciou na quarta-feira que iria começar a efetuar interrupções de energia, com duração de 48 horas, em partes do norte da Califórnia.
Esta medida deveu-se aos ventos fortes que podem afetar ou derrubar linhas de energia, provocando incêndios florestais
As interrupções de energia foram impostas depois do equipamento elétrico da PG&E ter sido considerado responsável por vários incêndios nos últimos anos que provocaram dezenas de mortos e destruíram milhares de casas.
No entanto, a PG&E indicou na quinta-feira que não cortou a energia de uma linha de transmissão de 230.000 volts perto de Geyserville que funcionou mal minutos antes do incêndio irromper.
A empresa reportou que encontrou um "fio de ligação em ponte partido" numa torre de transmissão na quarta-feira à noite.
O diretor executivo (CEO) da PG&E, Bill Johnson, disse que era muito cedo para saber se o equipamento avariado provocou o fogo.
Bill Johnson indicou ainda que a torre foi inspecionada quatro vezes nos últimos dois anos e parecia estar em excelente estado.
Vários incêndios florestais na Califórnia obrigaram mais de 40 mil pessoas a abandonarem esta quinta-feira à noite as suas casas, depois das autoridades terem ordenado evacuações no norte e sul daquele estado norte-americano.
Os fortes ventos e as elevadas temperaturas estão a potenciar tanto as chamas quanto o medo entre a população, num estado onde se registaram incêndios mortais e devastadores nos últimos dois anos.
SYSC (AJO/JMC) // EL
Lusa/Fim
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