No espaço de duas semanas, Kathy Zhu, de 20 anos de idade, venceu o concurso Miss Michigan, viu tweets seus considerados ofensivos serem revelados, perdeu o título e tornou-se figura política no já dividido ambiente político norte-americano.

Um jornal daquele estado revelou tweets antigos da Miss considerados polémicos

Em 2018, a propósito de um pontual evento que propunha o uso de hijab, a concorrente considerou que se tratava agora o hijab como acessório de moda e "não uma coisa religiosa". "Estão só a habituar as mulheres a ser oprimidas pelo Islão?", escreveu. Noutros dois tweets, de 2017, escreveu "sabia que a maioria dos homicídios de negros são cometidos por outros negros?", escrevia, acrescentando depois "resolvam os problemas na vossa comunidade antes de culpar os outros".

Os dois tweets levaram a organização do concurso a retirar o título à concorrente por comentários "ofensivos e inapropriados", defendendo que as regras do concurso obrigam as Miss a manter um "bom caráter" e a contar com um passado que não possa trazer "descrédito à organização ou a qualquer elemento da organização", cita o Huffington Post.

Ora a polémica do concurso saltou muito para lá da passerelle, para a ribalta política nos Estados Unidos.

A jovem tem aproveitado a sua conta no Twitter para contestar a decisão e já ganhou uma falange de apoiantes, nomeadamente entre a direita norte-americana Num país onde a polarização se tem intensificado na última década, o debate, naturalmente, já vai muito para lá do concurso.

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O caso ganhou proporções nacionais e a jovem tem sido entrevistada, da CBS à CNN, passando pela Fox News, pelas principais cadeias televisivas do país.

Entretanto, as suas contas no Twitter e Instagram mudaram, e a jovem apresenta-se agora como PoliticalKathy. E esta sexta-feira, a jovem deu novo passo, ao aceitar o convite para integrar a estrutura do WomenForTrump, um dos mais destacados movimentos de apoio a Trump, com habitual presença nos comícios políticos do presidente norte-americano.