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Filhos de Khashoggi podem receber até 63 milhões por o pai ter sido morto

O governo saudita já lhes comprou casas e paga-lhes um valor mensal. Mas o valor da 'compensação' de Riade pode subir ainda mais. Em troca, a família real saudita quer o silêncio dos filhos do jornalista.

Filhos de Khashoggi podem receber até 63 milhões por o pai ter sido morto
Notícias ao Minuto

09:40 - 03/04/19 por Fábio Nunes

Mundo Arábia Saudita

Os quatro filhos de Jamal Khashoggi, que foi torturado, assassinado e desmembrado, no consulado saudita em Istambul, podem receber ‘compensações’ financeiras de até 70 milhões de dólares (cerca de 63 milhões de euros), avança o Washington Post.

O governo da Arábia Saudita já lhes ofereceu casas avaliadas em quatro milhões de dólares (3,5 milhões de euros). Salah Khashoggi, o filho mais velho, recebeu uma grande casa situada na cidade de Jeddah, onde trabalha como banqueiro.

Mas o ‘dinheiro de sangue’ não fica por aqui. A família real saudita pagou a cada um 267 mil dólares (238 mil euros) e todos os meses é-lhes atribuída uma quantia mensal de 10 mil a 15 mil dólares (9 mil a 13 mil euros). Um valor que vão continuar a receber indefinitivamente.

No total, as fontes contactadas pelo Washington Post acreditam que Riade pode chegar a pagar até 63 milhões de euros, quando o julgamento dos 11 agentes sauditas acusados do homicídio de Jamal Khashoggi for concluído. Em troca deste dinheiro, a família real espera que os filhos do jornalista assassinado não a critiquem publicamente.

Até agora, os quatro filhos de Khashoggi não o têm feito, apesar da onda de críticas e da condenação global de que a Arábia Saudita foi alvo depois do homicídio do jornalistas e das subsequentes suspeitas do seu envolvimento.

Inicialmente, Riade negou que o Khashoggi tivesse sido morto no interior do consulado em Istambul. Posteriormente, admitiu que 11 agentes sauditas tinham sido responsáveis pela tortura, homicídio e desmembramento do corpo de Khashoggi, mas o governo salientou que tinham agido à revelia e ainda hoje mantêm que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman não ordenou a morte do jornalista, ao contrário do que se suspeita.

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