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Idai: Criada plafatorma para localizar mais de 200 mil desaparecidos

A Cruz Vermelha Internacional lançou uma plataforma digital para localizar as mais de 200 mil pessoas desaparecidas na sequência do ciclone Idai, que atingiu Moçambique, o Zimbabué e o Malawi, causando mais de 500 mortos.

Idai: Criada plafatorma para localizar mais de 200 mil desaparecidos
Notícias ao Minuto

10:42 - 22/03/19 por Lusa

Mundo Cruz Vermelha

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (ICRC, na sigla em inglês) adiantou, em comunicado, que os desaparecidos, a maioria em Moçambique e no Zimbabué, estão registados na plataforma digital https://familylinks.icrc.org/cyclone-idai/en/Pages/Home.aspx, que visa ajudar as famílias a localizar os seus parentes.

A organização alertou, no entanto, para a probabilidade de este número vir a aumentar "de forma significativa" uma vez que sejam restabelecidos os serviços em muitas das comunidades que ainda se encontram sem eletricidade e acesso à internet.

"Com mais de um milhão de pessoas afetadas pelo impacto devastador do ciclone Idai, muitas famílias em Moçambique, Zimbabué e Maláui estão separadas ou perderam contacto", sublinhou o comité.

Diane Araújo, delegada do ICRC na cidade moçambicana da Beira, praticamente destruída pela passagem do ciclone, considerou que a "agonia de não saber o que aconteceu aos entes queridos após um desastre como o Idai é indescritível".

De acordo Diane Araújo, a plataforma, em inglês e português, é "um primeiro passo para oferecer às famílias um lugar centralizado onde possam partilhar e procurar informação sobre os seus familiares desaparecidos".

Na plataforma, é possível registar uma pessoa desaparecida ou com quem se perdeu contacto, bem como inscrever-se como alguém que está vivo e em segurança.

O balanço provisório da passagem do ciclone Idai é de 557 mortos, dos quais 242 em Moçambique, 259 no Zimbabué e 56 no Maláui.

O ciclone afetou pelo menos 2,8 milhões de pessoas nos três países africanos e a área submersa em Moçambique é de cerca de 1.300 quilómetros quadrados, segundo estimativas de organizações internacionais.

A cidade da Beira, no centro litoral de Moçambique, foi uma das mais afetadas pelo ciclone, na noite de 14 de março, e a ONU alertou que 400.000 pessoas desalojadas necessitam de ajuda urgente, avaliada em mais de 40 milhões de dólares (mais de 35 milhões de euros).

Portugal é um dos países que enviaram técnicos e ajuda para Moçambique, com dois aviões C-130 da Força Aérea a caminho da Beira e um terceiro, um avião comercial fretado, com partida prevista para hoje, seguindo-se um outro voo na segunda-feira, fretado pela Cruz Vermelha Portuguesa.

Mais de uma semana depois da tempestade, milhares de pessoas continuam à espera de socorro em áreas atingidas por ventos superiores a 170 quilómetros por hora, chuvas fortes e cheias, que deixaram um rasto de destruição em cidades, aldeias e campos agrícolas.

As organizações envolvidas nas operações de socorro e assistência humanitária têm alertado para o perigo do surto de doenças contagiosas.

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