Deputados que saíram "foram eleitos com programa trabalhista"
O líder do partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, lembrou hoje que os sete deputados que anunciaram na segunda-feira a desfiliação mas permaneceram em funções no parlamento foram eleitos para cumprir o programa do 'Labour'.
© Reuters
Mundo Jeremy Corbyn
"Lamento que sete deputados tenham decidido deixar de fazer parte do partido Trabalhista. Agradeço o seu trabalho e espero que reconheçam que foram eleitos para o parlamento com um programa que foi baseado em investimento no futuro, numa sociedade mais justa e igualitária e em justiça social", afirmou, durante uma intervenção na organização industrial Make UK.
Corbyn vincou que os sete "foram eleitos para concretizar aquelas políticas" e apelou a que o "partido seja forte e se una em torno das políticas" propostas.
Porém, não comentou nem confirmou se concorda com os militantes e dirigentes trabalhistas que têm defendido que os deputados devem demitir-se para serem realizadas eleições parciais nos respetivos círculos eleitorais, nas quais teriam de concorrer contra um candidato do 'Labour'.
Sete deputados anunciaram na segunda-feira a saída do Partido Trabalhista, o principal partido da oposição no parlamento britânico, invocando discordância com o líder em questões como o 'Brexit', antissemitismo e de políticas mais à esquerda.
Chuka Umunna, Luciana Berger, Chris Leslie, Angela Smith, Mike Gapes, Gavin Shuker e Ann Coffey, sentaram-se hoje pela primeira vez na Câmara dos Comuns como deputados independentes.
A imprensa britânica especula hoje sobre a possibilidade de serem seguidos por mais antigos colegas e por deputados do partido Conservador, algo confirmado por Chuka Umunna, que disse à rádio BBC 4 existirem "muitos trabalhistas a lutar com a sua consciência sobre esta questão, mas também conservadores que estão desmoralizados".
Os nomes de Sarah Wollaston e Anna Soubry, duas ativas defensoras de um novo referendo ao 'Brexit', são referidos frequentemente como descontentes com a liderança e com a fação eurocética do partido liderado pela primeira-ministra, Theresa May.
Hoje, o dirigente trabalhista John McDonnell, próximo de Corbyn, reconheceu em declarações à Sky News que o partido deve fazer "um exercício enorme de escuta e abordar algumas das críticas" feitas pelos membros do 'Labour.
O número dois do partido, Tom Watson, crítico de Corbyn, considerou que o momento é de "pesar e reflexão", não de raiva ou de triunfo, e desafiou a liderança a refletir as diferentes vozes do grupo parlamentar.
"O nosso partido só pode cumprir seu propósito se nos abrirmos", disse.
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