Tribunal cria condições para desalojar 700 palestinianos de Jerusalém
O Supremo Tribunal de Israel criou condições para que cerca de 700 palestinianos venham a ser desalojados do bairro de Silwan, Jerusalém Oriental, após uma batalha legal entre moradores e uma organização israelita que reclama a posse da zona.
© iStock
Mundo Supremo
Segundo o jornal Haaretz, o tribunal recusou a petição apresentada por 104 habitantes palestinianos contra o despejo do bairro que acolheu, no início do século XX, imigrantes judeus provenientes do Iémen.
Há 17 anos, a entidade israelita criada em 1950 e que é responsável pelas propriedades daqueles que vivem no estrangeiro, determinou a atribuição da zona à organização Ateret Cohnim que defende o estabelecimento de colonatos judeus.
Apesar de reconhecer falhas no processo iniciado há 17, que não foi tornado público e sem que os palestinianos residentes no bairro tivessem sido devidamente informados, o Supremo Tribunal de Israel acabou por decidir pelo despejo dos atuais moradores.
Mesmo assim, a decisão do supremo refere que as instâncias judiciais inferiores vão passar a ser responsáveis pelas reclamações antes que seja levado a cabo a operação de retirada dos moradores, permitindo que os residentes mantenham o processo judicial.
A organização Ateret Cohanim que defende a presença de judeus em Jerusalém oriental, zona ocupada por Israel desde 1967, conseguiu expulsar duas famílias palestinianas desde o início do processo judicial que data de 2001.
No bairro residem mais de 70 famílias palestinianas, cerca de 700 pessoas, segundo as informações recolhidas pelo jornal Haaretz.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com