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Queixa do Irão não tem fundamento e EUA defender-se-á com vigor

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, considerou hoje "sem fundamento" a decisão iraniana de recorrer ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) para suspender as sanções dos Estados Unidos ao Irão, adiantando que Washington se defenderá "vigorosamente".

Queixa do Irão não tem fundamento e EUA defender-se-á com vigor
Notícias ao Minuto

15:51 - 27/08/18 por Lusa

Mundo Pompeo

"A queixa do Irão perante o TIJ é uma tentativa de interferir com os direitos soberanos dos Estados Unidos a tomar medidas legais, entre as quais o restabelecimento de sanções, que são necessárias à proteção da nossa segurança nacional", disse Pompeo num comunicado.

As audiências do processo que opõe Teerão a Washington sobre o restabelecimento de sanções norte-americanas começaram hoje de manhã no TIJ, em Haia, com o advogado do Irão a criticar "o estrangulamento" que representa o regresso das sanções, considerando que se pretende prejudicar "severamente" a economia iraniana.

As audiências devem durar quatro dias e as alegações dos Estados Unidos estão previstas para terça-feira.

Em maio, o Presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo sobre o nuclear, assinado pelo Irão e pelas grandes potências em 2015. Ficou decidido o restabelecimento de sanções norte-americanas severas à República islâmica, até então suspensas pelo acordo internacional.

O advogado do Irão, Mohebi Mohebi, assinalou hoje que Teerão, que iniciou o processo junto do TIJ em julho, "não teve outra escolha (...) após ter procurado em vão uma solução diplomática".

"O Presidente Trump retirou-se" do acordo nuclear "por uma razão simples: não garantia a segurança dos norte-americanos face à ameaça que representam os dirigentes iranianos", explicou Mike Pompeo no comunicado.

"Vamos defender-nos vigorosamente contra as alegações sem fundamento do Irão esta semana em Haia e vamos continuar a trabalhar com os nossos aliados para contrariar as ações desestabilizadoras do regime iraniano na região, bloquear o seu financiamento do terrorismo e tratar o problema da proliferação de mísseis balísticos iranianos (...) que ameaça a paz e a estabilidade mundiais", adiantou.

A Agência Internacional de Energia Atómica, que fiscaliza a aplicação do acordo nuclear, afirmou por diversas vezes que o Irão está a cumpri-lo, mas a administração Trump considera que é pouco restritivo e que devia ser alargado.

As primeiras sanções norte-americanas contra o Irão, lançadas no início de agosto e relativas ao setor financeiro e comercial, serão seguidas em novembro por outras, que afetarão o setor petrolífero e de gás.

Várias empresas internacionais, entre as quais a francesa Total e a alemã Daimler, já anunciaram o fim das suas atividades no Irão na sequência da entrada em vigor das sanções norte-americanas.

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