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Viver longe do próprio corpo? Sim, é possível e há um nome para isso

Estar desligado do corpo, da mente e de todo o meio envolvente. Estar desligado de todas as emoções. É assim a vida de que tem sofre de despersonalização.

Viver longe do próprio corpo? Sim, é possível e há um nome para isso
Notícias ao Minuto

09:20 - 28/09/17 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle Carreira

Vivemos de emoções. Ficamos contentes com as pequenas conquistas, sentimos tristeza quando falhamos, temos medo de arriscar, amamos quem nos quer bem. A grande maioria das pessoas vive assim, outra parte não sabe sequer o que isso é.

Estima-se que cerca de uma em cada 100 pessoas viva sem sentimos, uma forma apática e desinteressada de estar na vida que nasce à boleia da despersonalização, um distúrbio do foro psiquiátrico que leva as pessoas afetadas a sentirem-se desligadas da própria mente, do próprio corpo e de tudo o que têm em redor. As pessoas sentem-se a viver a espécie de um sonho enquanto estão acordadas.

"A pessoa sabe que ama a sua família, mas sabe isso apenas em termos académicos, não sente [o amo] de uma forma normal", conta à BBC a atriz Sarah, uma das poucas pessoas que vive sem sentir emoções... por si, pelos outros ou pelo que quer que seja.

Apesar de se tratar ainda de uma patologia mental pouco desvendada, o que se sabe é que este distúrbio atua como uma forma de o corpo ser capaz de se desligar da realidade, como uma espécie de mecanismo de defesa contra o stress ou momentos traumáticos, explica a televisão britânica no seu site, que destaca que este distúrbio pode ser desenvolvido ao longo do tempo, especialmente se a pessoa tiver um histórico de abuso de drogas, como a canábis ou ecstasy.

Mesmo assumindo o estatuto de uma patologia psiquiátrica, este distúrbio de despersonalização pode ser também um sintoma de outros problemas como a depressão, a esquizofrenia ou a bipolaridade.

Mas a despersonalização não se carateriza apenas pela ausência de sentimentos. Durante os surtos, as pessoas perdem a noção do espaço e do tempo, sentem-se como se estivessem em locais nunca antes vistos (mesmo que continuem no local onde sempre estiveram). "Era repentino. As coisas pareciam alienígenas ou ameaçadoras", conta Sarah ao explicar como se sente perante um surto.

As pessoas que sofrem desta patologia têm, perante os surtos, a sensação de estar num filme ou num sonho, perdendo por completo a sensação do que é real. Além disso, tendem a sentir-se observados, tal como 'observam de fora' o próprio corpo.

Como explica a médica Elaine Hunter, as pessoas que sofrem do distúrbio da despersonalização podem ainda ter ataques de pânico e ansiedade, situação que tende a ser atenuada - e por vezes resolvida - com a terapia cognitiva comportamental.

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