Nos dias de hoje, as pessoas passam mais tempo sentadas, mais tempo stressadas e cada vez menos tempo a preocuparem-se com a alimentação, acabando por fazer refeições nutricionalmente pobres e ricas em açúcar, sal e gorduras trans. As noites mal dormidas são cada vez mais frequentes, os momentos de lazer cada vez mais escassos e os cuidados pessoais cada vez mais inexistentes.

O resultado é um desregulamento grave das hormonas, situação capaz de desencadear os mais variados problemas de saúde e ainda uma mudança drástica no aspeto físico de cada um.

Embora existam biologicamente três tipos de corpo, podemos, agora, dizer que existem outros quatro e que são nada mais, nada menos do que o resultado de um tempo moderno e pouco ou nada amigo da saúde. A culpa é quase sempre das hormonas, mas, acima de tudo, daquilo que as pessoas fazem e que interfere com a atuação dessas mesmas hormonas.

Como conta a revista Shape, algumas pessoas têm um corpo com a ‘forma adrenal’, resultado de uma má execução da glândula adrenal – situada nos rins e responsável pela gestão do stress. Quando esta glândula não está na sua plenitude, os níveis de cortisol (hormona do stress) disparam e fazem com que a gordura corporal fique armazenada à volta dos órgãos, além disso, a incapacidade de lidar com o stress e com tudo o que isso implica faz com que o organismos não consiga fazer atuar as hormonas que ajudam a queimar gordura, dando-se um aumento na zona visceral. Como é que o corpo fica? Com excesso de peso e gordura acumulada nos órgãos, na barriga e nas pernas.

Mas existem ainda pessoas que possuem o corpo com a ‘forma tiroide’. Tal como o nome indica, esta forma corporal depende da atuação da tiroide nas hormonas, que muitas vezes faz abrandar o metabolismo e, com isso, aumentar a gordura acumulada na zona da barriga. Nos casos mais graves de tiroide, pode-se assistir ainda a uma perda de cabelo, problemas nas unhas e pele flácida nos braços.

De acordo com a publicação, existe ainda um outro tipo de corpo causado pelo estilo de vida atual: a ‘forma fígado’. Neste caso, a culpa está naquilo que comemos e na incapacidade do nosso organismo se livrar as toxinas que ficam armazenadas e que são obtidas através das más escolhas alimentares, do stress, das noites em claro e do meio ambiente. As pessoas com este tipo de corpo, diz a Shape, tendem a ter as pernas finas mas a barriga grande, resultado da dificuldade em perder a gordura acumulada e também da mudança constante dos níveis de açúcar no sangue, algo que ocorre também em pessoas saudáveis.

A ‘forma ovário’ é a que menos tem que ver com hormonas, mas talvez seja a forma de corpo mais comum entre as mulheres, uma vez que está relacionada com aquilo que a menstruação faz ao corpo – desde borbulhas a oscilações de peso, passando por acumulação de gordura, stress, cansaço e nunca esquecendo a vontade desenfreada de comer doces e alimentos gordos.