O mundo da música portuguesa viu partir uma das grandes artistas, Dina. A intérprete de êxitos como 'Amor d'Água Fresca' morreu aos 62 anos.

Perante a notícia foram muitos os que recorreram às redes sociais para lamentar a perda e recordar a artista. 

Depois de Herman José foi a vez de Nuno Markl homenagear a cantora. 

"Num dia distante da primeira fase de 'O Homem Que Mordeu o Cão' desenvolvi uma teoria louca que defendia que a Dina e o Orlando Costa eram uma e a mesma pessoa. Mal eu sabia, nessa altura, que uma manhã, anos depois, havia de estar a tomar o pequeno-almoço com ela, no Café Martins, ao pé da Comercial. Foi em plena era da Caderneta de Cromos, e eu tinha-lhe dedicado um episódio recente. Com um sentido de humor ácido e despachado, teve um arranque de conversa épico: 'Tenho a certeza de que não vou cá andar muito mais tempo e quero fazer um último disco do caraças'", começou por escrever o animador da Rádio Comercial na sua conta do Instagram.

De seguida, recordou o convite especial que recebeu de Dina. "Convidou-me para escrever uma letra e sugeri-lhe que convidasse artistas a sério: B Fachada, Samuel Úria, o que a entusiasmou. Nunca eu tinha visto ninguém com uma sensação tão presente do fim e com um entusiasmo tão jovial, quase adolescente. A Dina ainda viveu quase mais 10 anos depois disso. O tal disco acabou por nunca acontecer, mas ainda houve um tributo - Dinamite - que provou que os êxitos que dominaram a rádio nos 80s tinham a intemporalidade e versatilidade de caber em várias vozes e estilos. Isso é triunfo para aconchegar um artista e lhe dar uma sensação de missão cumprida", rematou.

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Num dia distante da primeira fase d’ O Homem Que Mordeu o Cão desenvolvi uma teoria louca que defendia que a Dina e o Orlando Costa eram uma e a mesma pessoa. Mal eu sabia, nessa altura, que uma manhã, anos depois, havia de estar a tomar o pequeno-almoço com ela, no Café Martins (também conhecido como “o meu escritório”), ao pé da Comercial. Foi em plena era da Caderneta de Cromos, e eu tinha-lhe dedicado um episódio recente. Com um sentido de humor ácido e despachado (que a fez perdoar a tese Zé Gato), teve um arranque de conversa épico: “Tenho a certeza de que não vou cá andar muito mais tempo e quero fazer um último disco do caraças”. Convidou-me para escrever uma letra (convite que aceitei, apesar de não ter jeito nenhum para isso - mas essa letra existe) e sugeri-lhe que convidasse artistas a sério: B Fachada, Samuel Úria, o que a entusiasmou. Nunca eu tinha visto ninguém com uma sensação tão presente do fim e com um entusiasmo tão jovial, quase adolescente. A Dina ainda viveu quase mais 10 anos depois disso. O tal disco acabou por nunca acontecer, mas ainda houve um tributo - Dinamite - que provou que os êxitos que dominaram a rádio nos 80s tinham a intemporalidade e versatilidade de caber em várias vozes e estilos. Isso é triunfo para aconchegar um artista e lhe dar uma sensação de missão cumprida.

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Quem também reagiu à morte da artista foi Ana Bacalhau, lembrando outro grande êxito da cantora: "Há sempre música entre nós/Não chores não, acorda a voz/Cantaremos até o dia nascer” Obrigada, Dina". 

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“Há sempre música entre nós/Não chores não, acorda a voz/Cantaremos até o dia nascer” Obrigada, Dina.

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