Sindicato diz que greve na Águas de Portugal "foi brutal"
O sindicato afirmou hoje que a adesão à greve nacional de 24 horas na Águas de Portugal (AdP) "foi brutal e ultrapassou as expectativas", enquanto a empresa não avança dados e mantém abertura negocial.
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Economia ~STAL
"Os trabalhadores estão unidos nos objetivos que aprovaram para a carta reivindicativa onde se exige o aumento dos salários, entre outras reivindicações", disse à agência Lusa Joaquim Sousa, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL).
Para o sindicalista, o sinal que os trabalhadores deram até agora e com o qual vão terminar a greve às 24:00 de hoje é de "uma grande demonstração de força contra a administração da AdP e contra quem de direito".
Contactada pela Lusa, fonte oficial da AdP disse que a empresa mantém uma postura de "abertura e diálogo", esclarecendo que não são dadas informações sobre a adesão à greve porque ainda se está a fazer esse balanço.
A mesma fonte lembrou que "estão em curso negociações" com os sindicados relativas ao Acordo Coletivo de Trabalho, processo negocial que "foi alvo de um protocolo assinado entre as partes" no final de fevereiro passado e que "prevê a conclusão do processo negocial num prazo de seis meses".
"Decorrido um terço desse prazo acordado, a administração do Grupo Águas de Portugal mantém o seu empenho e compromisso na concretização deste processo", acrescentou.
Em comunicado divulgado na segunda-feira, o sindicato esperava uma "adesão forte à paralisação", nele dizendo que os trabalhadores do grupo Águas de Portugal no setor captação, tratamento, distribuição e tratamento da água estavam "fortemente mobilizados para realizar a maior paralisação nos últimos vinte anos".
Os trabalhadores estão em luta pelo aumento dos salários, pela uniformização dos direitos, regularização dos vínculos precários, atribuição de carreiras e categorias que correspondam às profissões efetivas e pelo estabelecimento de sete horas diárias e 35 horas semanais.
"Tal como a generalidade dos portugueses, também os trabalhadores da AdP sofreram uma tremenda degradação do poder aquisitivo, em consequência do congelamento dos salários e das progressões na carreira", recorda o STAL em comunicado, acrescentando que "há trabalhadores em empresas do grupo que auferem 586 euros de salário desde 2009 e cerca de 700 trabalhadores têm um salário inferior a 750 euros".
Joaquim Sousa disse também à Lusa que com a "fortíssima adesão" dos trabalhadores à greve "não há nenhuma razão para que não tenham aumentos salariais".
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