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China promete retaliar com a "mesma força" se EUA aplicarem mais taxas

A China prometeu hoje retaliar com a "mesma força" à intenção anunciada pelos Estados Unidos de aumentar as suas taxas alfandegárias sobre produtos chineses, justificada pelo alegado roubo de tecnologia norte-americana pelos chineses.

China promete retaliar com a "mesma força" se EUA aplicarem mais taxas
Notícias ao Minuto

06:50 - 04/04/18 por Lusa

Economia Alfândega

O Ministério do Comércio chinês acusou Washington de violação das regras do comércio global e anunciou que ia apresentar, de imediato, uma queixa junto da Organização Mundial do Comércio. As autoridades chinesas não explicaram que medidas poderão vir a aplicar.

"Em simultâneo, estamos a preparar medidas na mesma força e extensão contra produtos dos Estados Unidos", indicou em comunicado.

"Estas medidas serão anunciadas em breve", acrescentou, sem apresentar mais detalhes.

Na terça-feira, a representação dos EUA para o comércio internacional (USTR, na sigla em inglês) divulgou uma lista de importações chinesas às quais propõe aplicar taxas alfandegárias, como retaliação pela "transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual norte-americana".

Esta lista, que atinge importações oriundas da China que, no ano passado, ascenderam a "quase 50 mil milhões de dólares" (41 mil milhões de euros), inclui 1.300 produtos de vários setores, incluindo aeronáutica, tecnologias de informação e comunicação ou ainda robótica e máquinas, explicou a entidade, em comunicado.

As taxas propostas só poderão entrar em vigor depois do período de apreciação pública, que termina em 11 de maio.

Observadores consideram que as crescentes disputas comerciais entre a China e os EUA podem levar outros países a aumentar as barreiras às importações, abalando o comércio mundial.

As disputas ilustram a crescente tensão entre as promessas eleitorais de Donald Trump, de reduzir o défice comercial com a China, e o os planos de Pequim em transformar o país numa potência tecnologia, com capacidades nos setores de alto valor agregado.

Há várias décadas que firmas estrangeiras acusam empresas chinesas de pirataria e roubo de tecnologia.

Segundo o USTR, Pequim exigiu que as empresas estabeleçam parcerias com firmas locais, normalmente grupos estatais, em troca do acesso ao seu vasto mercado. As empresas têm assim que partilhar tecnologia com parceiros que talvez se venham a tornar concorrentes.

Washington considerou que a China infringe assim os seus compromissos com o comércio livre.

As políticas da China "forçam empresas norte-americanas a transferir tecnologia e propriedade intelectual para firmas chinesas", de acordo com o comunicado da USTR.

Empresários e economistas apontaram aviões da Boeing e soja como possíveis alvos da retaliação chinesa.

Numa outra disputa comercial, a China subiu na segunda-feira os impostos sobre as importações de carne de porco, fruta e outros produtos dos EUA, em retaliação à decisão de Donald Trump de subir as importações sobre o aço e alumínio oriundos da China.

Pelas contas do Governo chinês, no ano passado, a China registou um excedente de 275,8 mil milhões de dólares (223,5 mil milhões de euros) no comércio com os Estados Unidos.

As contas de Washington fixaram o excedente chinês ainda mais acima, em 375,2 mil milhões de dólares (304,1 mil milhões de euros).

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