Primeiro parque de neve coberto do país nasce em Ribeira de Pena
O primeiro parque de neve coberto do país vai ser construído em Ribeira de Pena, representa um investimento de nove milhões de euros, vai criar 32 postos de trabalho e combater a sazonalidade no turismo nesta região.
© Reuters
Economia Turismo
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, esteve hoje em Bustelo, concelho de Ribeira de Pena, para o lançamento da primeira pedra do parque de neve Lusitanix que deverá estar concluído em 18 meses.
"Temos feito um grande esforço para estimular a promoção do turismo no interior e são projetos como este (...) que trazem pessoas para o interior do país e trazem também pessoas ao longo de todo o ano", afirmou o governante.
Caldeira Cabral elogiou a iniciativa e salientou o esforço que tem sido feito para "promover o turismo ao longo de todo o ano, em todo o território nacional", porque só assim, acrescentou, se consegue ter "projetos turísticos rentáveis, que criem emprego estável, que criem emprego ao longo de todo o ano e que promovam o desenvolvimento regional".
João Pinto, gestor do projeto, explicou que o parque de neve Lusitanix vai ocupar cerca de um hectare de área coberta, onde se desenvolverão, no interior, atividades ligadas à neve, como ski ou snowboard.
A neve será criada artificialmente.
Este espaço funcionará durante todo o ano e, no inverno, a pista estender-se-á para o exterior.
Este projeto vem complementar o complexo turístico já ali existente - o Pena Aventura Park - e o hotel, que pertencem ao mesmo grupo de investidores e onde já foram aplicados cerca de 18 milhões de euros e criados cerca de 90 postos de trabalho.
O parque de neve vai custar cerca de nove milhões de euros, com cerca de seis milhões coparticipados por fundos comunitários, e vai criar 32 postos de trabalho diretos.
"Aqui há um problema de sazonalidade, no interior do país. No inverno as coisas param, o que significa que a rentabilidade que é muito boa no verão vai-se no inverno para manter a estruturas", salientou João Pinto.
A solução para combater a sazonalidade, acrescentou, passa por "espaços cobertos de atividades".
"Se conseguirmos atrair as pessoas e retê-las no inverno, nos períodos mais críticos de atividades 'outdoor', conseguimos combater a sazonalidade e aumentar em muito a rentabilidade de todos estes espaços", frisou.
Segundo João Pinto, este é o primeiro projeto do género a ser construído em Portugal. Na Península Ibérica existe um similar em Madrid.
O presidente da Câmara de Ribeira de Pena, João Noronha, destacou a importância da criação de postos de trabalho para o concelho e lembrou que a grande maioria das pessoas que já trabalha no empreendimento turístico foi contratada localmente.
Referiu ainda que este complexo turístico ajuda a alavancar outros negócios no concelho ligados, por exemplo, à gastronomia ou à hotelaria.
O parque vai ser construído em Bustelo, mesmo junto ao início do "Fantasticable", a principal atração do Pena Aventura Park e que permite "voar" por um cabo de 1.538 metros e a uma velocidade de 130 quilómetros por hora.
João Pinto justificou a localização com as acessibilidades, com a autoestrada A7 pela existência de "condições ideais" devido "à altitude para fazer neve em condições ideais".
O Pena Aventura Park abriu em 2004 e, em 2017, recebeu cerca de 250 mil visitantes, muitos provenientes de Portugal e de Espanha.
É um parque sem vedações nem delimitações que desce da montanha aos rios e é palco para muitos e variados jogos, atividades lúdicas e desportos de natureza.
Ali também é possível viajar encosta abaixo pelo "alpine coaster", fazer salto negativo, experimentar escalada e entrar no rio para fazer canoagem, "stand up" (variante do surf) ou canyoning, que consiste na descida de cursos de água com fortes declives, utilizando cordas e recorrendo a saltos para transpor obstáculos.
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