Fed mantém taxas de juro e põe fim a medidas excecionais da crise de 2008
A Reserva Federal (Fed) anunciou hoje que deixou as taxas de juro inalteradas entre 1% e 1,25% e que vai começar em outubro uma redução gradual da carteira de dívida que adquiriu desde a crise financeira de 2008.
© Reuters
Economia Reserva Federal
As decisões foram anunciadas após uma reunião de dois dias do comité de política monetária do banco central norte-americano.
A partir de outubro, a Fed vai cessar progressivamente de reinvestir em obrigações do Tesouro e títulos hipotecários, indicou em comunicado o banco central dos Estados Unidos.
As medidas monetárias excecionais, como o elevado programa de compra de ativos da Fed, foram adotadas após a crise financeira de 2008 para ajudar a economia a recuperar.
A carteira de ativos adquiridos pelo banco central norte-americano atingiu um montante de 4,5 biliões de dólares e o banco vai deixar de reinvestir nos títulos quando atingirem a sua maturidade.
Durante três meses, a redução será a um ritmo de 10 mil milhões de dólares por mês, aumentando depois em mais 10 mil milhões de dólares a cada três meses.
Como já era esperado pelos mercados, a Fed deixou as taxas de juro inalteradas, mas, de acordo com as previsões do comité de política monetária ainda é possível um novo aumento até dezembro, estando depois previstas mais três subidas dos juros em 2018, se a economia evoluir como previsto.
Se a Fed subir de novo as taxas de juro até ao fim do ano, será a quarta subida desde a eleição de Donald Trump em novembro de 2016.
O banco central norte-americano prevê que a economia continue a crescer a um ritmo "moderado", mas advertiu que os estragos causados pelos furacões Harvey, Irma e Maria em várias comunidades vão afetar "a atividade económica a curto prazo".
O banco central reviu em alta a sua previsão de crescimento da economia norte-americana para este ano, passando-o dos 2,2% previstos em junho para 2,4%.
Quanto à inflação, prevê-se que possa subir provisoriamente devido ao aumento dos preços dos combustíveis causado pelo impacto dos furacões nas regiões do sul do país, onde operam numerosas refinarias, mas permaneça fraca, continuando a Fed a "observá-la de perto".
Segundo as novas previsões, a inflação deverá ser de 1,6% em 2017 (previa-se 1,4% em julho) e de 1,9% em 2018.
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