Ministro congratula-se com crescimento "acima" da média da UE
O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, congratulou-se hoje por a economia ter crescido 2,8% no segundo trimestre do ano, ficando "muito acima" das expectativas das agências internacionais e da média de crescimento da União Europeia (UE).
© Global Imagens
Economia Caldeira Cabral
"Penso que são ótimas notícias para a economia portuguesa, colocam o crescimento português muito acima das expectativas de todas as agências internacionais, nenhuma deu ainda este crescimento português para o ano, e o que se revela é que é o terceiro trimestre consecutivo em que Portugal cresce acima da média da União Europeia", afirmou o governante soa jornalistas, em Faro.
Manuel Caldeira Cabral, que participou numa sessão sobre a economia portuguesa e do Algarve promovida pela Delegação de Faro da Ordem dos Economistas, contrapôs que "Portugal, há um ano e meio, estava a crescer abaixo da média da UE" e "perto de 1%", mas "neste momento esta a crescer 2,8%".
"No primeiro trimestre, 2,8% surgiu como um número inesperado, como um forte crescimento, e este segundo trimestre confirma que não foi apenas um trimestre, não foi sorte, foi trabalho, foi um crescimento sustentado e está a ser sustentado pelo investimento, pelas empresas portuguesas, pelas exportações, que estão a ter um crescimento que é o melhor desde 2011, está a ser sustentado por uma forte componente de procura externa e por uma forte componente de procura interna", justificou o Governante.
Manuel Caldeira Cabral disse que o crescimento da economia portuguesa está "a ser puxado por um crescimento excecional das exportações", pelo "maior crescimento dos últimos 18 anos do investimento" e "por um conjunto diversificado de setores", entre eles o Turismo, que "já estava a acrescer bem no ano passado" e "está a crescer melhor ainda este ano".
"Mas outros setores que estavam com as exportações a crescer perto dos 0%, estão neste momento a crescer muito bem e realço o crescimento das exportações de produtos metálicos, que está a crescer 15%, o crescimento de exportações de produtos agroalimentares, que também está a crescer perto de 15%, mas vários outros setores, como máquinas ou automóveis, demonstram fortes sinais de crescimento, não só de crescimento atual, mas também se fortes investimentos em curso que vão gerar o crescimento ao longo do resto do ano", exemplificou ainda o governante.
Sobre o aumento também das importações, o ministro da economia disse ficar em parte dever-se aos investimentos realizados pelas empresas exportadoras em território nacional.
"Obviamente que o crescimento da procura interna e o crescimento do investimento, em particular, que tem uma componente importada de máquinas, etc, está também a fazer que, paralelamente ao crescimento das exportações, haja também um crescimento das importações. Mas continuamos com um saldo externo equilibrado, positivo, quando se olha para a balança de bens e serviços ou de transações correntes, e portanto estamos a ter um crescimento equilibrado", considerou.
O ministro disse ainda que este crescimento mostra a capacidade dos empresários em "aproveitar as oportunidades que este governo colocou de financiamento", quer a nível de fundos estruturais ou de outros programas. A economia portuguesa cresceu 2,8% no segundo trimestre face ao mesmo período do ano passado e 0,2% em relação ao trimestre anterior, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgada hoje, um desempenho que é ligeiramente inferior à média das previsões dos analistas contactados pela Lusa (3% em termos homólogos e 0,4% em cadeia).
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