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Associação espera que impostos nas bebidas espirituosas estabilizem

O presidente da direção da Associação Nacional de Empresas de Bebidas Espirituosas (ANEBE), Daniel Redondo, disse à Lusa esperar que os impostos sobre este segmento estabilizem, já que não tem expectativas de descida.

Associação espera que impostos nas bebidas espirituosas estabilizem
Notícias ao Minuto

08:50 - 28/06/17 por Lusa

Economia ANEBE

"Acho que politicamente não haverá descida [do imposto sobre as bebidas espirituosas]", embora no caso do IVA na restauração tenha sido "dado um passo atrás", afirmou Daniel Redondo, defendendo que se não descer, "pelo menos que estabilize".

"O setor como um todo está com grandes problemas de decréscimo do volume", apontando como uma das causas "o aumento de impostos comportado nos últimos de quatro anos, de cerca de 25%".

Nos últimos anos houve "um agravamento tremendo" dos impostos sobre as bebidas espirituosas, que têm um "papel importante na oferta turística do país", acrescentou o presidente da ANEBE, que comentava o estudo sobre esta indústria em Portugal elaborado pela EY denominado "Contributo para a análise do impacto económico e da fiscalidade do setor".

Segundo o estudo, "a indústria das bebidas espirituosas contribui para a balança comercial gerando, em simultâneo, um encaixe significativo em sede de receitas fiscais, entre IABA [Imposto sobre o Álcool e as Bebidas Alcoólicas] e IVA".

De acordo com Daniel Redondo, a subida de impostos também teve um impacto nas receitas fiscais.

Em termos diretos, "resultou numa diminuição para o Estado da receita no IABA". Mas também houve impactos em termos indiretos, "porque como as empresas do setor estão pior, passam a pagar menos impostos", explicou.

Para o responsável, "não haver aumento de impostos até melhora o resultado para o Estado", dando como exemplo o caso da Alemanha, cuja tributação "é inferior à de Portugal, o que não acontecia há cinco anos".

Sobre a internacionalização das empresas do setor, o responsável explicou que "todas as marcas precisam de solidez no seu mercado base" para poderem avançar para outros mercados.

Ora, se as empresas "estão em dificuldades no seu mercado base" - neste caso Portugal -, terão dificuldade "em apostar na internacionalização", afirmou, salientando que as bebidas espirituosas fazem "também parte da oferta turística", pelo que, "se se agrava o setor, também se reduz a mesma".

Em termos positivos, destacou a "inovação e a dinâmica" do setor, nomeadamente na área de gins, que "trouxe novos produtores para o mercado".

Segundo o contributo da EY, "o setor de produção de bebidas espirituosas é responsável por um valor de vendas entre os 60 e os 70 milhões de euros por ano, mais concretamente e para os últimos dados disponíveis com referência a 2015: 61.173.170 milhões de euros, apenas no que respeita à atividade produtiva, ou seja, de fabrico desta tipologia de bebidas".

Como um todo, a indústria gera cerca de 700 milhões de euros de vendas em Portugal.

Em termos de exportação, "no conjunto da indústria são exportados perto de 50 milhões de euros anuais".

A indústria gera diretamente mais de 1.100 postos de trabalho em Portugal, segundo dados relativos a 2015.

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