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"O país alcançou o objetivo proposto. Não há milagres nem habilidades"

O Ministro das Finanças fez hoje um discurso de vitória total após o Instituto Nacional de Estatística confirmar que o défice do ano passado foi o mais baixo dos últimos 43 anos.

"O país alcançou o objetivo proposto. Não há milagres nem habilidades"
Notícias ao Minuto

13:27 - 24/03/17 por Bruno Mourão

Economia Mário Centeno

Mário Centeno surgiu ao início da tarde no Salão Nobre do Ministério das Finanças com um discurso invulgarmente agressivo para destacar os méritos do país e Governo no cumprimento do objetivo do défice no ano passado, atacando em simultâneo a estratégia e decisões do anterior executivo da coligação PSD/CDS-PP.

"Sabemos hoje que o défice em 2016 foi de 2,06% do PIB. Este é o valor mais baixo da nossa história recente, da nossa história democrática As receitas geradas pelo Estado foram mais do que suficientes para financiar as suas despesas primárias, que excluem os juros da dívida", começou por dizer Mário Centeno, antes de disparar a primeira 'farpa': "Tivemos em 2016 mais economia, com um Estado melhor".

"Os dados hoje conhecidos devem merecer o reconhecimento de todos. Este é um resultado do país não apenas do Estado", garante Centeno, desvendando o 'segredo' da Execução Orçamental: "Não há milagres nem habilidades, há um trabalho muito, muito intenso de toda a Administração Pública neste resultado".

"E mais: fizemo-lo sem recurso a medidas extraordinárias, de forma sustentável e duradoura."

Depois de hastear a bandeira de vitória pela obtenção do défice em percentagem do PIB mais baixo da democracia portuguesa pós-25 de abril, o Ministro das Finanças partiu para o ataque e 'arrasou' o governo liderado por Pedro Passos Coelho: "Entre 2012 e 2015, o erro médio de previsão foi de 1,6 pontos percentuais, tendo chegado a alcançar 3,2 pontos percentuais em 2014. Talvez tenham sido estes erros sistemáticos do passado que levaram todas as instituições nacionais e internacionais a sobrestimarem o défice em 2016. Em alguns casos, estimativas feitas a alguns meses do final do ano tinham erros de cerca de 1% do PIB, quase dois mil milhões de euros. Um erro, em si mesmo, injustificável".

A estratégia de gestão de receitas fiscais também mereceu críticas: "Em consequência da necessidade de aprimorar o défice em 2015, o anterior governo sobrecarregou a execução orçamental de 2016 com reembolsos fiscais, dinheiro dos contribuintes cobrado em excesso em 2015".

Na conclusão da intervenção inicial, Mário centeno deixou mais uma declaração de confiança: "O défice português permanecerá nos próximos anos, de forma sustentada, claramente abaixo do exigido pelo Procedimento por Défices Excessivos"

[Notícia atualizada às 13h55]

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