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Tesla desmente más condições de trabalho: "É um ataque moral escandaloso"

O presidente da empresa de carros elétricos mais famosa do mundo veio a público esclarecer uma polémica que nasceu nas redes sociais. A origem terá sido um sindicalista que segundo Elon Musk, terá sido "pago para criar agitação".

Tesla desmente más condições de trabalho: "É um ataque moral escandaloso"
Notícias ao Minuto

07:06 - 11/02/17 por Bruno Mourão

Economia Elon Musk

A semana da Tesla foi marcada por algumas alegações preocupantes que surgiram na internet e que lançavam dúvidas sobre as condições de trabalho na fábrica de Fremont, em São Francisco. Segundo Jose Moran, que garante ser funcionário da Tesla neste local, os trabalhadores recebem um tratamento frio da empresa, com direito a algumas situações questionáveis. 

Numa publicação feita na rede social Medium, Jose Moran acusa a Tesla de pagar menos 33% aos empregados do que a média do setor automóvel norte-americano, para além de forçar os trabalhadores a fazer horas extraordinárias "excessivas e obrigatórias" para cumprir objetivos de produção e compensar o salário base mais baixo. 

Segundo Moran, as lesões e mazelas sofridas no trabalho são também uma constante e dá um exemplo: "Há alguns meses, seis das oito pessoas da minha equipa estavam de licença médica ao mesmo tempo devido a vários acidentes de trabalho". Haverá igualmente um clima de pressão que desencoraja os funcionários a queixarem-se de lesões e a identificarem os problemas. 

"Muitos de nós temos pensado em criar um sindicato e até pedimos apoio à União de Trabalhadores Automóveis... mas ao mesmo tempo, a gestão está a alimentar o medo dos trabalhadores de assumirem a insatisfação. Recentemente, todos os empregados foram obrigados a assinar um acordo de confidencialidade que impõe castigos se fizermos uso do nosso direito de falar sobre os salários e as condições de trabalho." 

A resposta da Tesla não se fez esperar e surgiu pela boca do próprio presidente, em declarações à Gizmodo: "Francamente, este é um ataque moral escandaloso. A Tesla é a única fabricante automóvel que continua na Califórnia porque os custos são elevadíssimos". 

Elon Musk garante que apesar de "existir ocasionalmente trabalho extraordinário obrigatório", o mesmo apenas é utilizado "para compensar paragens anteriores e diminui todas as semanas". O líder da tecnológica revela ainda que os salários base na Tesla são mais altos logo no início da carreira do que todas as outras fabricantes com sindicatos e "as compensações para cada nível profissional é a maior do setor quando se tem em conta as ações da empresa oferecidas". 

Quanto à suposta relação negativa com os sindicatos, Musk garante que a Tesla mantém-se "neutra" quanto às organizações sindicais e lança acusações ao suposto funcionário responsável pelas queixas: "Pelo que sabemos, este tipo foi pago pela União de Trabalhadores Automóveis para criar agitação e tentar criar um sindicato. Ele não trabalha para nós, trabalha para a União de Trabalhadores Automóveis. Este sindicato matou a 'joint venture' da Toyota e da GM e abandonou os trabalhadores na nossa fábrica de Fremont em 2010. Não têm ponta por onde pegar". 

O Gizmodo tentou perceber quem é Jose Moran, mas não conseguiu descobrir qualquer página nas redes sociais de qualquer trabalhador com esse nome ligado à Tesla, para além da página no Medium com apenas uma publicação: a que lança as acusações. 

O Economia ao Minuto conseguiu descobrir uma conta no Linkedin e outra no Facebook com o nome Jose Moran ligado à Tesla, mas nenhuma tem fotografias ou atividade de registo e apenas começaram a juntar ligações após surgirem as notícias.

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