"Uma recaída de Portugal seria um golpe para a moral da União Europeia"
Um dos mais conhecidos jornais económicos do mundo falou das preocupações internacionais sobre a fragilidade da economia portuguesa.
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Economia WSJ
As preocupações com a economia portuguesa foram novamente notícia nos Estados Unidos. Num artigo publicado esta madrugada, o Wall Street Journal falou sobre a aparente fragilidade que ainda reina em território nacional, lembrou os vários avisos de instituições como o FMI e a Comissão Europeia e ouviu as preocupações de empresários e analistas financeiros.
Pela mão de Patricia Kowsmann, o Wall Street Journal assume que "uma recaída de Portugal seria um golpe para a moral da União Europeia, ainda a tentar recuperar do crescimento lento, políticas populistas e da decisão britânica de sair do bloco europeu" e "mostraria quão longe a Europa está de ultrapassar a ressaca da crise das dívidas soberanas que ameaçou a sobrevivência do euro no início da presente década".
Para justificar a visão alarmista da situação portuguesa, o jornal norte-americano cita os receios de Paulo Vaz, diretor geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal e de Joaquim Beato, presidente da Molde Faianças SA. Ambos falam de alguns receios que tem travado o investimento e Paulo Vaz critica também algumas mudanças políticas, em especial o regresso dos feriados abolidos.
David Schnautz, estratega do Commerzbank, prestou também declarações ao Wall Street Journal e ajudou a adensar as dúvidas, colocando mesmo o futuro do euro em causa: "Um novo pedido de resgate, apesar de provavelmente não ter o efeito de contágio a outros países que vimos em 2011, levantaria novamente questões sobre o futuro da zona euro e provavelmente tornaria o clima político europeu ainda mais hostil".
As declarações de um dos mais importantes jornais económicos do mundo prometem aumentar as dúvidas dos investidores e com os juros da dívida a aumentar e a apresentação do Orçamento do Estado de 2017 prevista para sexta-feira, aproxima-se uma altura crucial para o Governo.
[Notícia atualizada às 13h35]
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