FMI melhora projeção de crescimento da zona euro para este ano
O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a projeção de crescimento da zona euro este ano, para os 1,7%, mas piorou ligeiramente a estimativa para o próximo, para os 1,5%.
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Economia Produção
No 'World Economic Outlook' hoje publicado e que inclui a atualização das projeções de crescimento das várias economias do mundo, o FMI estima que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro cresça 1,7% este ano, contra uma projeção de 1,5% realizada em abril.
Para 2017, o FMI antecipa uma desaceleração do crescimento dos países que partilham a moeda única europeia, para os 1,5%, uma projeção que em abril era de 1,6%.
O Fundo afirma que, após um crescimento de 2% em 2015, a atividade económica da zona euro nos próximos dois anos vai ser apoiada pelos preços baixos do petróleo, pela "modesta expansão orçamental em 2016" e pela política monetária acomodatícia.
Mas alerta que o crescimento das economias do euro vai ser penalizado por uma "fraca confiança dos investidores tendo em conta a incerteza que se seguiu ao 'Brexit'".
Considerando individualmente as maiores economias do euro, o FMI espera que a Alemanha cresça 1,7% este ano e 1,4% no próximo, que França cresça 1,3% em 2016 e em 2107, que a economia espanhola desacelere o ritmo de crescimento dos 3,1% este ano para os 2,2% no próximo e que a economia italiana cresça 0,8% e 0,9% em 2016 e em 2017, respetivamente.
A estimativa para a taxa de desemprego da zona euro como um todo foi agora ligeiramente melhorada tanto para 2016 (esperando que atinja os 10% da população ativa, abaixo dos 10,3% anteriormente projetados), como para 2017 (antecipando que caia para os 9,7%, contra os 9,9% estimados antes).
Quanto à inflação, a instituição liderada por Christine Lagarde deixou praticamente inalteradas as suas estimativas, apontando para 0,3% este ano e 1,1% no próximo. No entanto, o FMI antecipa que a inflação permaneça abaixo do objetivo de médio prazo definido pelo Banco Central Europeu (BCE) até 2021, que é de uma taxa abaixo mas próxima de 2%.
As contas externas da zona euro deverão corresponder a 0,3% do PIB este ano, melhorando para os 1,1% do PIB no próximo, de acordo com a projeção do Fundo.
O crescimento potencial de médio prazo da zona euro é de 1,4%, segundo os cálculos do FMI.
A recomendação do Fundo é que o BCE mantenha a política monetária acomodatícia, referindo que "pode ser necessário um alívio adicional através das compras de ativos" se a inflação não subir.
O FMI defende que a política orçamental "deve ser usada para apoiar a recuperação no curto prazo, através do financiamento de investimento e outras prioridades nos países com margem" para tal e que os países com altos níveis de endividamento "devem realizar uma consolidação orçamental gradual".
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