Défice até agosto caiu 81 milhões de euros face a 2015
Governo de iniciativa da Esquerda Parlamentar conseguiu apresentar contas melhores do que no ano passado, mas a diferença está a diminuir. A despesa cresceu mas as receitas aumentaram ainda mais.
© Global Imagens
Economia Execução
Os primeiros oito meses do ano correram dentro do previsto pelo Governo de António Costa. A confirmação chegou esta tarde com a divulgação dos dados da Execução Orçamental até agosto, que revela uma melhoria de 81 milhões de euros no défice público na comparação direta com o mesmo período do ano passado.
Em comunicado enviado à redação do Economia ao Minuto, o Ministério das Finanças revela que este resultado foi conseguido "através de um aumento da receita de 1,3%, superior ao crescimento de apenas 1% da despesa" e afirma que "a melhoria do défice mantém a trajetória favorável observada desde o início do ano".
"A execução até agosto registou um défice de 3.990 milhões de euros, o que representa 72,6% do previsto para o ano; em 2015, representava 85,7% do défice anual. O saldo primário das Administrações Públicas registou um excedente de 1.628 milhões de euros, traduzindo-se numa melhoria de 409 milhões face ao mesmo período de 2015."
Apesar da aproximação dos números deste ano aos do ano passado, o Governo lembra hoje que as devoluções de IRS já estão contabilizadas, mas as cobranças devidas apenas farão parte dos cálculos nos meses de setembro e outubro. Este fluxo extra de receitas será uma preciosa carta que as Finanças guardarão certamente na manga para fazer face a imprevistos nos últimos meses de 2016.
"A despesa manteve um crescimento inferior ao previsto no Orçamento do Estado, decorrente dos bons resultados em duas prioridades fundamentais da atual política orçamental: a racionalização do consumo intermédio e a política salarial e de emprego público", garante o Ministério liderado por Mário Centeno, antes de lembrar que "na Administração Central e Segurança Social, as despesas com a aquisição de bens e serviços apresentaram uma redução de 2,0% e as despesas com remunerações certas e permanentes cresceram 2,3%, ambas abaixo do orçamentado".
"Destaca-se, ainda, a redução de 14,5% em prestações de desemprego, alinhada com a redução no 2º trimestre da taxa de desemprego para 10,8% (menos 1,6 pontos percentuais do que no 1º trimestre)."
"A generalidade das componentes da despesa apresenta uma desaceleração face a julho", concluem as Finanças.
[Notícia atualizada às 16h25]
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com