FMI agrava previsão de recessão na Guiné Equatorial para 10% este ano
O Fundo Monetário Internacional agravou hoje a previsão de recessão económica na Guiné Equatorial, de 7,4% para 10%, este ano, considerando que a economia tem de se reiniciar privilegiando outras áreas para além dos recursos naturais.
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Economia Fundo
"A perspetiva de evolução a curto prazo é muito desafiante, uma vez que os preços da energia continuam em baixo e a produção de hidrocarbonetos vai continuar a decair", escreve o líder da missão do FMI que visitou o país de 29 de junho até hoje, Montfort Mlachila, acrescentando que depois de uma recessão de 7,4% em 2015 vai seguir-se uma nova queda do PIB de 10%, este ano.
"Este ano, as fracas receitas petrolíferas e as limitadas 'almofadas orçamentais' vão implicar cortes adicionais ao investimento público, o que levará a uma contração ainda mais profunda no setor da construção, como tal, a atividade económica geral deverá cair 10%", escreve Montfort Mlachila no comunicado de imprensa divulgado no final da visita da missão do FMI que vai preparar o relatório anual do Fundo sobre o país, ao abrigo do conhecido Artigo IV.
Se a curto prazo a perspetiva do Fundo aponta para mais um ano de recessão, a médio prazo o panorama é apenas ligeiramente mais positivo, com o FMI a prever que só a partir de 2018 deverá haver "uma modesta recuperação na atividade não petrolífera", por isso afirmam que "a economia, no geral não deverá crescer muito a médio prazo dado o largo peso dos hidrocarbonetos e o impacto da consolidação orçamental nas atividades fora do setor do petróleo".
Assim, conclui o Fundo, "a mensagem genérica das consultas foi para acelerar o reinício económico [reset, no original em inglês] impulsionado pela economia além dos recursos naturais", que chama também a atenção para a necessidade de acelerar a consolidação orçamental para evitar um ajustamento desordenado e instabilidade macroeconómica".
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