"Há cada vez mais consenso de que é preciso mudar as políticas"
Manuela Ferreira Leite comentou esta noite, na TVI 24, a questão das metas do défice, mas também a alegada bolsa de contribuintes VIP.
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Economia Manuela Ferreira Leite
Depois de esta semana o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, a ministra das Finanças e a Comissão Europeia terem revelado informações contraditórias quanto ao défice, Manuela Ferreira Leite diz que não está preocupada com o cumprimento ou não das metas estabelecidas para o défice em 2015. Ao invés, a antiga líder social-democrata gostaria que esse tipo de discurso terminasse e se começasse a falar de crescimento.
“Só ficaria descansada quando visse que o valor do défice deixava de ser uma preocupação deste Governo. Está a ser dito que o país já não está sob pressão, o que quer dizer que há uma certa liberdade para seguir políticas que levem ao crescimento. Acho que há cada vez menos adeptos das políticas que foram seguidas na Europa durante estes tempos. Há cada vez mais consenso que é preciso mudar as políticas”, referiu a antiga ministra das Finanças.
Para Ferreira Leite caso haja lugar a uma derrapagem das metas, estas deverão ser na ordem das décimas, defendendo a social-democrata que “ninguém se vai lembrar de fazer mais coisas más ao país por causa de décimas”, isto já depois de França ter conseguido dilatar os prazos para pôr o défice num valor inferior a 3%.
“Essa discussão é um bocadinho deslocada neste momento. A ministra diz que podem ser precisas mais medidas, o primeiro-ministro diz que não. Cada um faz o seu discurso sabendo que não são eles que vão apresentar contas ao país, porque vão haver eleições entretanto”, sintetizou.
Bolsa de contribuintes VIP
Depois de ter visto o seu nome envolvido numa suposta lista de contribuintes VIP, Manuel Ferreira Leite afirmou na TVI24 que não quer acreditar que estas notícias sejam verdadeiras. Além disto, a antiga líder do PSD referiu que gostaria de ter visto um responsável político esclarecer todas estas questões de forma perentória, para por fim a um clima de suspeição existe neste momento no país.
“Não quero nem acreditar que exista essa lista. Acho de uma gravidade tamanha se é verdade. O pilar da confiança e da defesa do contribuinte está no sigilo bancário. Se não existe essa garantia e se chegássemos à conclusão que havia contribuintes de primeira e de segunda, também se poderia pensar nos ‘incómodos’, e isso podia levar a uma perseguição”, explicou.
Para encerrar este tema, Ferreira Leite disse que seria importante “que a Administração Fiscal ou governantes responsáveis sobre esta área viessem explicar de que forma é que a defesa dos contribuintes está salvaguardada”, pondo assim fim a um clima de suspeição que existe neste momento.
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