"Não menosprezamos as consequências do que passou"
O presidente e CEO da Euronext Lisbon, Luís Laginha, garantiu hoje durante uma cerimónia na bolsa que os problemas ocorridos no mercado de capitais não serão menosprezados.
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Economia Euronext
"Não podemos nem menosprezamos tudo o que se passou e as consequências negativas", sublinhou Luís Laginha numa referência indireta ao Grupo Espírito Santo, sem referir especificamente quais foram esses eventos, durante uma cerimónia para celebrar a conclusão da privatização dos CTT.
Durante a intervenção, o presidente da Euronext disse também que a principal preocupação é agora "contribuir para que os efeitos negativos do que se passou sejam ultrapassados tão rapidamente quanto possível".
Já no que respeita à segunda fase da privatização dos CTT, que envolveu a dispersão em bolsa do capital da empresa que ainda restava nas mãos do Estado, Luís Laginha defendeu que o recurso ao mercado de capitais "é a forma de assegurar os centros de competência que tantas vezes se discutem". Isto porque dá à gestão da empresa "oportunidade de desenvolver as estratégias de negócio de forma autónoma", explicou.
"Em momentos quando somos olhados com mais desconfiança de fora, continua a haver apetência de investidores estrangeiros para investirem em ativos nacionais", considerou o mesmo responsável.
A Parpública anunciou na passada sexta-feira ter concluído a venda dos 31,5% que o Estado ainda detinha nos CTT, ao preço de 7,25 euros por ação, encaixando 343 milhões de euros com a operação. A liquidação da oferta está prevista para quarta-feira.
Em dezembro de 2013, o Estado vendeu 70% do capital social da empresa a 5,52 euros por ação, uma operação que permitiu um encaixe de 579 milhões de euros, inspirado no sucesso da dispersão em bolsa dos correios britânicos, Royal Mail, e belgas, Bpost.
Na altura, o Estado português comprometeu-se a manter pelo menos durante nove meses 30% do capital social e direitos de voto dos CTT com que ficou.
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