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"Reembolso total ao Estado até ao verão é a saída limpa do BPI"

O presidente do BPI admitiu hoje que gostava de conseguir reembolsar os 420 milhões de euros de obrigações convertíveis que estão nas mãos do Estado até ao verão, ilustrando com a discussão em torno da saída da 'troika' de Portugal.

"Reembolso total ao Estado até ao verão é a saída limpa do BPI"
Notícias ao Minuto

18:32 - 01/04/14 por Lusa

Economia Ulrich

"Seria bonito devolvê-lo [o apoio estatal] na totalidade ao fim de dois anos certos e ao mesmo tempo que termina o programa de ajustamento português. Pagar os CoCo [instrumentos híbridos de capital] até ao verão é a nossa saída limpa", afirmou Fernando Ulrich.

Isto, numa altura em que muito se tem falado acerca do período pós-'troika' em Portugal e se o Governo vai optar por uma "saída à irlandesa", também chamada de "saída limpa", ou recorrer a um programa cautelar.

Em junho de 2012, o Estado português subscreveu 1.500 milhões de euros de obrigações convertíveis em capital (CoCo) do Banco BPI, tendo o banco conseguido abater boa parte desse montante até hoje.

Resta uma fatia de 420 milhões de euros e Ulrich revelou que a vontade da comissão executiva que lidera é acelerar o processo de reembolso ao Estado, ainda que frisando que a decisão tem que ser tomada pelo conselho de administração do banco, que se reúne a 23 de abril (no mesmo dia da assembleia geral), e receber a luz verde do Banco de Portugal.

Recentemente, a 19 de março, o BPI anunciou ao mercado a devolução de 500 milhões de euros de CoCo, montante que lhe permitiu baixar a fasquia da ajuda pública para os referidos 420 milhões de euros.

Hoje, o presidente do Banco BPI falava durante uma conferência de imprensa em Lisboa, durante a qual foi apresentado o resultado de uma operação de venda de 50% da posição detida pelo banco em dívida pública de médio e longo prazo de Portugal e Itália.

Questionado sobre se este negócio visa precisamente abater o apoio estatal remanescente, Ulrich contrariou a ideia.

"É uma medida mais estrutural. Não está ligada diretamente aos CoCo", assegurou, ainda que reconhecendo que como há menos riscos no balanço do banco, isso ajuda a ter mais folga para abater os instrumentos híbridos que ainda estão do lado do Estado.

Até porque, conforme sublinhou, o BPI mantém em carteira somas signficativas de dívida pública portuguesa (850 milhões de euros) e italiana (487,5 milhões de euros) e a gestão do banco "está confortável com esta exposição".

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