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Wall Street fecha dia sem rumo mas semana em baixa
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje sem direção, Com o indie seletivo Dow Jones Industrial Average a acabar positivo, mas com o tecnológico Nasdsaq a sofrer com o endurecimento monetário da Reserva Federal (Fed).
© Reuters
Economia Bolsa de Nova Iorque
Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones ganhou 0,40%, para os 34.721,12 pontos, mas que o Nasdaq recuou 1,34%, para as 13.711 unidades, e o alargado S&P500 perdeu 0,27%, para as 4.488,28.
NO conjunto da semana, os três índices recuaram, o Nasdasq perdeu quase quatro por cento, o S&P500 recuou 1,13% e o Dow Jones baixou 0,28%.
"As ações norte-americanas fecharam o dia de forma mitigada, mas terminaram a primeira semana do novo trimestre com uma baixa semanal", realçaram os analistas da Schwab.
"Mal-estar e apreensão pareceram dominar uma sessão relativamente calma, durante a qual os investidores continuaram a ponderar as implicações potenciais de um ciclo muito agressivo de endurecimento da política monetária da Reserva Federal" (Fed), acrescentou.
As perspetivas de alterações severas de política monetária nos EUA, a invasão russa da Ucrânia e os confinamentos decididos na China por causa do novo coronavírus continuaram a escurecer as perspetivas económicas, apontaram os analistas da Wells Fargo.
A somar às preocupações inflacionistas, a agência da Organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FAO, na sigla em Inglês) revelou que os preços das matérias-primas subiram quase 13% em março, a maior subida mensal histórica.
Porém, "no conjunto, não se espera que o rápido endurecimento monetário faça bascular a economia dos EUA para uma situação de recessão", estimou Paul Ashworth, da Capital Economics.
"Mesmo que as condições financeiras endureçam fortemente, com uma subida mais acentuada dos custos do crédito e/ou do dólar, então uma ligeira recessão não estaria fora de questão", acrescentou.
Este movimento de mudança por parte da Fed, confirmado por várias declarações de membros do seu comité monetário (FOMC, na sigla em Inglês) refletiu-se no mercado obrigacionista.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro a 10 anos continuaram hoje a subir, atingindo os 2,70% depois dos 2,65% da véspera, o que foi seu máximo desde há três anos, bem antes da pandemia do novo coronavírus.
"Wall Street contemplou a aceleração dos rendimentos obrigacionistas", que sobem quando o valor dos títulos baixa, "e os investidores trocaram as suas ações do setor da tecnologia por 'papéis' mais defensivos, como a energia, banca, saúde e matérias-primas", explicou Edward Moya, da Oanda.
Leia Também: Wall Street inicia sessão em baixa e pode terminar semana com perdas
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