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"É urgente que as empresas portuguesas apostem no e-commerce"

Artigo de opinião assinado por João Oliveira, CEO da Link&Grow.

"É urgente que as empresas portuguesas apostem no e-commerce"
Notícias ao Minuto

09:13 - 29/03/22 por Notícias ao Minuto

Economia Artigo de opinião

"Dois anos passaram sobre o início de uma pandemia que revolucionou, por completo, as relações interpessoais. Tempos duros para qualquer pessoa. E, sobretudo, para os empresários que, de um momento para o outro, viram a sua atividade fortemente condicionada. Em muitos casos até impedida de se realizar, como foi o caso de muitas empresas do setor do calçado e do vestuário, já para não falar, claro, do setor da restauração e da diversão noturna.

Para as empresas que, até aqui, se limitavam a projetar os seus produtos e a sua marca para os mercados vizinhos, esperando daí retirar o retorno necessário para justificar todos os investimentos feitos em capital humano e tecnologia, estes foram tempos muito complicados. Os entraves à livre circulação de pessoas no espaço europeu, criou sérias dificuldades às empresas que, por não estarem no mundo digital, ficaram sem o seu principal palco de promoção de novos produtos.

Fruto de um conjunto de medidas adotadas ao longo dos últimos meses, entre as quais a vacinação em massa das populações europeias, o ano de 2022 iniciou-se com uma leve esperança de reabertura dos mercados, de melhoria para as condições de circulação; em suma, para um retorno, paulatinamente, aos ritmos e processos anteriores à pandemia.

Uma réstia de esperança para retorno da atividade e o arranque da recuperação económica. Em particular das empresas, como a Link&Grow, que ao longo de 2020 e 2021 souberam aproveitar a pandemia e as suas dificuldades inerentes para se reposicionarem no mercado e gerarem valor diferenciado face à concorrência.

Infelizmente, o conflito que escalou no Leste Europeu, com consequências imediatas no resto da Europa, e mesmo em todo o Mundo, criou novos desafios às empresas que pretendem internacionalizar-se. Resta-lhes o mercado digital e uma presença estratégica bem delineada para conseguir destacar uma empresa nesse mar imenso que é a internet.

De acordo com dados do relatório “2021 European E-Commerce”, o setor do ecommerce registou uma taxa de crescimento de 12% e uma faturação de 844 mil milhões de euros. Em Portugal, embora não de forma tão acentuada como em outros países europeus, o comércio online registou uma evolução positiva, com uma percentagem de 56% de e-shoppers.

Há aqui, portanto, ainda um enorme potencial de crescimento. Infelizmente, os empresários portugueses ainda estão pouco capacitados para a importância do mercado digital. E poucos têm uma noção clara do poder que uma boa pegada digital e uma forte presença no online pode ter na alavancagem da sua marca a nível global.

Tal como temos vindo a defender na nossa relação com potenciais clientes, urge apostar numa transição digital do tecido empresarial português. Desde logo, aproveitar o envelope financeiro de 650 milhões de euros que consta do Plano de Recuperação e Resiliência para reforçar a digitalização das empresas e recuperar o atraso face ao processo de transição digital e que contém um programa específico para a “Internacionalização via E-commerce”.

Mas, para isso, é também fundamental formar mais pessoas. A necessidade de digitalização ou transformação digital aliada à pandemia, sobretudo no ano de 2020 e no primeiro semestre de 2021, veio acelerar as necessidades de contratação de especialistas em marketing digital para implementação de estratégias digitais. É agora fundamental que o país crie condições para que se formem mais e melhores especialistas no Marketing e fazer nesta área o mesmo que se fez em várias outras do País: formar os melhores do mundo para brilhar no mercado internacional.

Se estes passos forem dados e se soubermos aproveitar de forma eficiente o envelope financeiro previsto no PRR, o tecido empresarial português pode registar um crescimento significativo no mercado digital e, com isso, atingir novos públicos e, com grande probabilidade, aumentar as suas vendas e faturação. Da nossa parte, na Link&Grow, cá estaremos disponíveis para ajudar os empresários portugueses que tenham a coragem de olhar para estes gastos como um investimento e não apenas como um gasto."

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