No caso de se excluírem as mais-valias da venda de imóveis de investimento do resultado liquido de 2019, o lucro apurado registou uma queda de 43%, refere a COSEC em comunicado.

O rácio de solvência, por seu lado, manteve-se "bastante elevado", fixando-se acima dos 235%, o que denota a "solidez da companhia", adiantou.

Apesar do difícil contexto imposto pela pandemia de covid-19, a partir do final do primeiro trimestre do ano passado, incluindo medidas sanitárias e acentuada quebra da atividade económica em Portugal e nos seus principais mercados de exportação, a COSEC afirma que se manteve como "líder no mercado dos seguros de créditos" no país, com uma quota de mercado de 51%.

O volume dos prémios em novas operações de seguro de créditos, por seu lado, aumentou 28% em termos homólogos.

Quanto à taxa de retenção de clientes, esta foi superior a 91 no ano fiscal em análise.

A exposição assumida pelos seguros de créditos que estavam em vigor no final do ano passado apresentou uma queda de 7,2% na comparação com o ano anterior, quando o mercado caiu cerca de 12% no mesmo período.

A COSEC contabilizou um acréscimo de 15% nos prémios dos seguros de caução, com a captação de 90 novos clientes, e a sua quota de mercado neste produto foi de 37%, a segunda melhor posição no mercado português.

Contudo, e em consequência de um cenário macroeconómico extremamente desfavorável, os resultados do ano fiscal de 2020 foram "muito afetados" pelo aumento do custo dos sinistros, líquido de resseguro, que teve um aumento de 45% face ao ano anterior, lê-se no comunicado.

"Não obstante, a sinistralidade real tem vindo a mostrar-se, até agora, abaixo das expectativas", esclarece a seguradora.

Em 2020, foi acelerado o processo de digitalização da companhia, tendo sido desenvolvida a automação e instalação dos primeiros robots, para além de outras melhorias implementadas em soluções destinadas a clientes e parceiros.

A COSEC reforçou também a sua proximidade junto dos segurados com vista a manter uma "política de transparência e confiança" junto dos mesmos, tendo o número de reuniões, com recurso a meios digitais, atingido um nível nunca antes alcançado, o que permitiu responder às suas necessidades comerciais e de risco, prossegue.

Tal é visível pelos resultados dos inquéritos à satisfação aos clientes realizados no último trimestre do ano, que mostram melhorias face aos realizados em anos anteriores, refere a COSEC no comunicado.

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