BCE considera que segunda vaga teve impacto menor nas empresas
O Banco Central Europeu (BCE) considera que a segunda vaga da pandemia de covid-19 e as medidas de confinamento que suscitou tiveram um impacto menor nas empresas do que a primeira.
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Economia BCE
O BCE manteve contactos com conselhos de administração de perto de 150 empresas da zona euro e conversações regulares com entre 50 e 70 destas empresas em cada trimestre, para ver qual é a sua situação e como estão a ser afetadas pela pandemia.
Num artigo no boletim económico do BCE, divulgado hoje, os economistas do BCE consideram que a pandemia mostrou a importância de manter contactos com as empresas.
Durante a segunda vaga, as empresas puderam manter melhor a produção e houve maior consumo através da internet.
"As empresas exportadoras beneficiaram com o crescimento em algumas partes do mundo onde o vírus era menos predominante", segundo o artigo.
No último trimestre de 2020, a produção aumentou em várias empresas de aço, químicas, do setor automóvel e da eletrónica, as vendas e encomendas recuperaram e, em alguns casos, superaram os níveis anteriores à pandemia.
Mas, os novos confinamentos que foram adotados a partir do outono também causaram quedas nas vendas de bens pessoais, de viagens, no turismo e nos serviços de entretenimento.
Para a maior parte do comércio retalhista, sobretudo de roupas e complementos, a subidas das vendas 'online' não compensou o encerramento de lojas.
O BCE espera poucas mudanças no primeiro trimestre de 2021, mas considera que posteriormente o consumo pode aumentar, na sequência das campanhas de vacinação.
O emprego registou alguma recuperação no quarto trimestre em relação aos três meses anteriores, mas ainda está muito abaixo dos níveis de há um ano e os salários mantêm-se moderados em muitas empresas para preservar o emprego.
As empresas que têm contactos com o BCE operam em todo o mundo, incluindo na China.
Quando o impacto do novo coronavírus ainda não era evidente na Europa, os economistas do BCE puderam falar diretamente com as empresas afetadas sobre "as implicações para a cadeia de abastecimento global".
Os contactos do BCE com estas empresas decorrem quase sempre a nível de conselhos de administração e normalmente têm lugar no início de janeiro, abril, junho e outubro, de modo a que as conclusões possam ser utilizadas nos preparativos das reuniões de conselhos de governadores que se seguem.
As conversações centram-se no que ocorreu no trimestre anterior e nas perspetivas para o trimestre em curso ou depois.
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