Produção industrial na África do Sul com quebra de quase 50% em abril
A produção industrial na África do Sul caiu quase 50% em abril, em comparação com o mês homólogo de 2019, durante o confinamento decretado para mitigar a propagação de covid-19 no país, anunciou hoje a agência governamental de estatísticas.
© Reuters
Economia Covid-19
De acordo com a Estatísticas África do Sul ('Stats SA', na designação em inglês), citada pela agência France-Presse, a quebra na produção industrial do país mais industrializado de África é consequência do confinamento rigoroso implementado pelo Governo, encerrando quase a totalidade da economia.
O confinamento foi levantado gradualmente ao fim de nove semanas.
"A pandemia e as medidas adotadas para impedir a expansão [...] tiveram um enorme impacto na atividade económica", observou a agência governamental de estatísticas da África do Sul.
A estimativa do declínio da produção industrial no país é de 49,4% em abril.
Já a produção de automóveis baixou 98% no mesmo mês e a produção do aço sofreu uma quebra de 65,4%, explicitou a Stats SA.
O Produto Interno Bruto (PIB) da África da Sul deve cair 7,2% em 2020, decorrente da crise sanitária, anunciou o ministro das Finanças, Tito Mboweni, o maior declínio em quase 100 anos.
A África do Sul é o país da África Subsaariana mais afetado pela pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), contabilizando 220.000 infeções e 3.600 óbitos até hoje.
O pico da pandemia é esperado nas próximas semanas.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 549 mil mortos e infetou mais de 12 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em África, há 12.206 mortos confirmados em mais de 522 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
As medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.
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