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Integração financeira ainda não alcançou nível satisfatório na zona euro
O Banco Central Europeu (BCE) considera que "a integração financeira ainda não alcançou um nível satisfatório" na zona euro e por isso apoia iniciativas para avançar no projeto da união dos mercados de capital europeus.
© iStock
Economia BCE
O vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, disse que "a primeira fase da união dos mercados de capital proporcionou resultados importantes, mas que é preciso conseguir mais".
Guindos considera que relançar este projeto deveria ser uma prioridade para os próximos anos.
O BCE adiou na segunda-feira a conferência organizada pela Comissão Europeia (CE) sobre a integração financeira europeia, durante a qual se ia apresentar o relatório, porque muitos participantes cancelaram as suas assistências, ainda que não tenha mencionado explicitamente o coronavírus.
A agenda da conferência centrava-se na união dos mercados de capital europeus, concretamente na importância dos mercados de ações e de tecnologia financeira.
No relatório sobre a convergência financeira europeia, o BCE afirma que a dimensão do sistema financeiro da zona euro se manteve nos últimos anos e representa seis ou sete vezes o Produto Interno Bruto (PIB).
A estrutura financeira da zona euro afasta-se do domínio dos bancos, porque os intermediários não bancários cada vez têm uma importância maior desde os primeiros anos de 2000, como por exemplo os fundos de investimento e outras instituições financeiras.
Os intermediários não bancários que mais depressa crescem são os fundos de investimento e de pensões e atualmente representam quase 60% dos ativos financeiros totais da zona euro.
Isto também pressupõe que os riscos financeiros migrem do setor bancário para estes setores que estão menos regulamentados.
"A estrutura financeira da zona euro continua a estar dominada por instrumentos não negociáveis, apesar do aumento da integração financeira em 2019", refere o relatório do BCE.
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